Diversas empresas e especialistas ao redor do mundo estão apostando na digitalização para um grande impulso no mercado portuário
Apesar de observado em diferentes níveis em cada país, a digitalização se estabelece cada vez mais no mundo todo. Novas tecnologias são criadas e inseridas em todas as áreas. No mercado portuário, a digitalização já é uma realidade apesar de chegar de forma mais lenta. Por exemplo, uma questão simples, como a digitalização de procedimentos alfandegários, já torna mais rápida a liberação de mercadores nos portos brasileiros.
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Outro ponto importante que precisa de atenção é a necessidade de cooperação e compartilhamento de dados. O porto de Rotterdam está à frente no movimento Port Colaborative Decision Making. Por meio da utilização de tecnologias como o Port Community System, que opera como uma plataforma neutra de troca de dados através da digitalização, o porto foi capaz de gerar uma receita adicional de € 245 milhões, economia com tráfego de e-mails no valor de € 100 milhões, economia com ligações de telefone no valor de € 30 milhões e uma economia com quilometragem de tráfego terrestre no valor de € 10 milhões.
Em países europeus já existem diversos programas para o incentivo à digitalização no mercado portuário. O Ministério do Mar de Portugal criou o Bluetech Accelerator e na Alemanha já existe o Rainmaking Trade & Transport Impact. Os dois programas tem como objetivo gerar a digitalização do mercado portuário através de parcerias entre startups e grandes empresas de todo o mundo.
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Portos brasileiros se beneficiam com as novas ferramentas digitais
No cenário brasileiro, grandes companhias do mercado portuário e marítimo já se encontram em processo de digitalização por meio de contratos e parcerias com empresas especializadas em novas tecnologias.
Há portos, terminais de petróleo, contêineres, exportadoras de minérios e muitas outras empresas que atuam em território brasileiro que já são beneficiadas com a digitalização. Atualmente é possível ampliar a eficiência das operações dos portos brasileiros por meio de softwares que entregam um cálculo e previsão do calado dinâmico, previsão do tempo e do mar, assoreamento e erosão do fundo marinho, compartilhamento de dados e outras soluções.
A perspectiva dos portos brasileiros é ótima. Empresas de tecnologias e grandes companhias trabalham duro para colocar o país rumo à digitalização.
O porto de Suape contratou recentemente uma startup que concentra todos os dados úteis para a tomada de decisão em um único lugar, através de um algoritmo de inteligência artificial. Este e outros exemplos no mercado portuário brasileiro demonstram que a digitalização faz cada vez mais parte da estratégia de crescimento desse setor.
CEO da i4sea se pronuncia
De acordo com Bruno Balbi, CEO da i4sea, a missão principal é excluir as incertezas do setor marítimo com ferramentas que planejam e preveem operações nos portos.
O objetivo é ofertar ferramentas de apoio à tomada de decisão que contribuam com a segurança da navegação, menor impacto ambiental e eficiência portuária. Essa missão está se tornando cada vez mais real por meio de parcerias com empresas capazes de contribuir de forma global com a digitalização do setor.