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Na quarta-feira (8), a equipe técnica responsável pela gestão de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) realizou uma visita ao Porto do Rio de Janeiro.
O objetivo da visita foi conhecer melhor a infraestrutura, as operações e os projetos do porto do Rio de Janeiro, bem como conhecer o PortosRio, órgão responsável pela gestão do porto. Aproveitando a oportunidade, a comitiva visitou as instalações do Centro de Comando e Controle de Segurança Portuária (CCCSP), o Terminal da Gamboa, que passa por obras de ampliação e modernização, e terminais como Terminal de Cruzeiros Píer Mauá, Triunfo Logística e Terminal Rio Brasil.
No evento, os visitantes contaram com a participação do Diretor de Gestão dos Portos do Rio de Janeiro e Niterói Leandro Lima, Diretor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento de Negócios Eduardo Miguez, Diretor da Guarda Portuária José Tadeu Diniz e Guarda Portuário do Rio de Janeiro e Niterói, Amauri Faria.
Navios iranianos atracados no Porto gera mal-estar com os EUA
O governo dos EUA viu a presença de dois navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro como uma provocação. Os americanos comunicaram ao governo brasileiro que era impossível realizar um encontro entre o presidente Biden e o presidente Lula no dia 10, enquanto porta-helicópteros e fragatas entrassem em águas brasileiras.
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Membros da administração dos EUA não conseguem ver como a presença desses navios atende aos interesses do Brasil. Daí o temor de que o governo Lula pretenda provocar uma reação dos americanos. O Atlântico Sul é uma das poucas regiões do mundo onde os Estados Unidos não veem a necessidade de um desdobramento naval porque não veem uma ameaça real. Venezuela, Cuba, Nicarágua, etc. não pertencem a este nível de preocupação.
Em maio de 2010, Lula, juntamente com o ditador turco Recep Tayyip Erdogan e o então nacionalista e populista presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, propuseram uma solução para a crise nuclear iraniana, que preocupa o Ocidente, não foi considerada. A questão do navio iraniano contribui para a forma como o governo Lula projeta a guerra na Ucrânia. Em princípio, americanos e europeus desejam muito que o Brasil desempenhe um papel produtivo.
Com esse cenário, a avaliação dos EUA com a presença de navios iranianos no Porto do Rio de Janeiro é de que o Brasil está desperdiçando uma oportunidade de desempenhar um papel internacional importante e tende a ser visto como um aliado da China e da Rússia. Lula pode confirmar ou dissipar esses temores quando visitar Pequim no final deste mês. O Porto do Rio de Janeiro é responsável por atender os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e sudoeste de Goiás.
É um dos portos mais movimentados do país em termos de valor de carga e tonelagem, sendo responsável por embarque de cargas como minério de ferro, manganês, carvão, trigo, gás natural e petróleo são os principais produtos comercializados. No momento é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e possui 6.740 metros de cais contínuo e perímetro de 883 metros, sendo um dos maiores do Brasil.
