Cinco grupos nacionais e estrangeiras já entraram na disputa. 2,5 mil vagas de emprego serão geradas com a implantação do terminal no Porto de Suape
Estado de Pernambuco pode faturar R$ 1,5 bilhão com a implantação de um terminal de regaseificação (Regás) no Complexo Industrial Portuário de Suape, prevista para o primeiro semestre de 2022. O tema foi discutido pelo governador Paulo Câmara em uma reunião com sua equipe, no dia 16 de setembro último. Até o momento, cinco grupos nacionais e estrangeiras – Oncorp, New Fortress Energy (NFE), Compass Gás e Energia (Cosan), TotalEnergies e Sonne Energias Renováveis, mostraram interesse.
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Já montante de R$ 1,5 bilhão corresponde aos aportes em infraestrutura, visando a implantação da unidade, que receberá um navio indústria – conhecido como Floating Ship Regaseification Unit (FSRU) – para viabilização da operação, por meio de gasodutos interligados a uma Estação de Transferência de Custódia (ETC).
2,5 mil vagas de emprego serão geradas com a implantação do terminal
Durante o processo de instalação do terminal, cerca de 2,5 mil empregos serão gerados, e com a unidade em funcionamento, outros 300 postos de trabalho deverão ser criados. “A instalação do terminal de Regás será muito importante dentro do projeto de planejamento do futuro de Pernambuco, e vai garantir efetivamente que o Porto de Suape esteja cada vez mais preparado, dando condições para que o gás chegue a todos os cantos do Estado e seja utilizado cada vez mais como fonte de energia para os projetos prioritários e para as indústrias que já funcionam aqui”, destacou Paulo Câmara.
“A implantação do terminal de regaseificação em Suape vai permitir que a gente tenha concorrência na oferta de gás no nosso Estado, tornando a indústria mais competitiva, porque a gente vai ter a disputa de mais de um fornecedor. Antigamente, o gás era todo oferecido pela Petrobrás. Agora, a gente vai ter um player privado fazendo a regaseificação em Suape e oferecendo esse gás também”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio.
“O gás natural que chegará por Suape atenderá não só as indústrias do complexo, mas também outros empreendimentos instalados em Pernambuco e na região. Esse é um importante passo para o fomento do segmento – por meio do mercado aberto – e para o meio ambiente, por ser um gás menos poluente. Com isso, Suape reforça os conceitos de sustentabilidade dentro e fora do porto”, ressaltou o diretor-presidente do Porto de Suape, Roberto Gusmão.
Cinco grupos nacionais e estrangeiras já entraram na disputa pelo terminal de gás natural liquefeito (GNL)
O processo licitatório para uso do CMU corre paralelamente às tratativas com os demais órgãos federais que regulam o setor, como a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), a Secretaria Nacional de Portos e o Ministério da Infraestrutura.
O edital foi publicado ontem (22) e a abertura das propostas está marcada para 22 de outubro. Os lances começam em R$ 700.530,35. Até o momento, cinco grupos nacionais e estrangeiras – Oncorp, New Fortress Energy (NFE), Compass Gás e Energia (Cosan), TotalEnergies e Sonne Energias Renováveis, mostraram interesse.
A exigência é que a adequação seja feita em, no máximo, 120 dias, o que permitiria a operação do novo terminal de GNL brasileiro no início do ano que vem.