Mergulhadores enfrentam águas escuras e cheias de riscos para limpar navios sem precisar de docas secas, economizando milhões. O processo pode custar até US$ 1,6 milhão e envolve tecnologia de ponta, como drones subaquáticos e robôs, para reduzir impactos ambientais e garantir eficiência.
Navios que passam meses no mar acumulam cracas, algas e microorganismos no casco. Esse acúmulo, chamado de incrustação biológica, gera arrasto e aumenta o consumo de combustível em até 40% (International Maritime Organization).
Além do impacto ambiental, os custos sobem. Empresas podem gastar milhões de dólares a mais por ano com combustíveis devido a um casco sujo.
Como limpar navios: dique seco ou mergulho?
A limpeza pode ser feita de duas formas:
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- Dique seco: O navio é retirado da água para manutenção completa. O custo varia entre US$ 1,2 milhão e US$ 1,6 milhão por operação, além do tempo parado.
- Mergulho subaquático: Mergulhadores usam escovas e jatos d’água para remover a sujeira sem tirar o navio da água. Isso reduz custos, mas envolve riscos.
O trabalho perigoso dos mergulhadores
A limpeza subaquática é um dos trabalhos mais arriscados do setor naval. Mergulhadores enfrentam baixa visibilidade, água contaminada com óleo e resíduos químicos, além do risco de ficar presos sob o navio.
Mudanças na maré podem fazer a embarcação se mover inesperadamente, aumentando os riscos de acidentes. O trabalho exige horas embaixo d’água, muitas vezes em condições insalubres.
Tecnologia está mudando a forma de limpar navios
Para reduzir riscos, a indústria naval já usa robôs subaquáticos e drones para limpeza. Os ROVs (veículos operados remotamente) removem incrustações com jatos de água e sucção, sem danificar a pintura do casco.
Outra inovação é a substituição de escovas por jatos d’água de alta pressão, que retiram a sujeira sem liberar metais pesados, como cobre e zinco, na água.
O mergulho de saturação: extremo e perigoso
Algumas limpezas exigem mergulho profundo, onde o ar comprimido comum não é suficiente. Neste caso, os profissionais usam o mergulho de saturação, onde passam até 28 dias em câmaras pressurizadas, respirando hélio e oxigênio.
Eles trabalham em turnos de 6 horas e não podem subir à superfície rapidamente, para evitar riscos fatais. É um dos trabalhos mais perigosos do mundo.
O futuro da limpeza de navios
Com os avanços tecnológicos, drones e robôs devem substituir mergulhadores em grande parte das operações nos próximos anos. Empresas já investem em equipamentos que fazem a limpeza de forma automatizada, segura e sustentável.
A limpeza de navios continuará sendo essencial para reduzir custos e proteger o meio ambiente. Mas a tecnologia está tornando esse trabalho menos arriscado para os profissionais que arriscam a vida no fundo do mar.