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Wilson Sons anuncia projeto visando sustentabilidade ao criar quatro rebocadores que reduzem emissão de óxido de nitrogênio

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 26/08/2021 às 19:00
Atualizado em 19/08/2022 às 05:09
Pensando em concentrar seus projetos na sustentabilidade, a Wilson Sons criou 4 rebocadores que irão reduzir sua emissão de óxido de nitrogênio
Pensando em concentrar seus projetos na sustentabilidade, a Wilson Sons criou 4 rebocadores que irão reduzir sua emissão de óxido de nitrogênio. Fonte: Wilson Sons

Uma das maiores preocupações da década é a poluição do meio ambiente. Pensando em concentrar seus projetos na sustentabilidade, a Wilson Sons criou 4 rebocadores que irão reduzir sua emissão de óxido de nitrogênio

Nessa última quarta-feira, (25), a Wilson sons recebeu seus novos rebocadores, mas que só irão entrar em operação em 2022. As novas aquisições possuem um equipamento no qual consegue reduzir, em cerca de 75%, a emissão de óxido de nitrogênio. Até o momento, a empresa de logística portuária será uma das pioneiras a utilizar esse método para preservar o meio ambiente. Com esses novos rebocadores, a empresa visa inserir a sustentabilidade como uma das metas para o ano que está por vir.

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Como a Wilson sons pode contribuir com o meio ambiente e possuir iniciativas de sustentabilidade?

No decorrer dos últimos anos, diversas empresas estão focando os seus empreendimentos visando a sustentabilidade e proteção do meio ambiente. Dessa forma, para que a companhia também participasse e reduzisse o impacto que suas operações causam ao ambiente, algumas medidas estão sendo tomadas. Uma delas é a inclusão da norma IMO TIER III.

Isso está sendo desenvolvido no estaleiro do Grupo no Guarujá, nos quatro novos rebocadores que irão entrar em atuação em 2022. Essa norma permitirá uma redução de cerca de 75% nas emissões de óxido de nitrogênio sejam liberados na atmosfera. Para que o IMO TIER III seja implementado, a empresa está desembolsando US$ 290.000.

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Para Rodrigo Bastos, diretor das operações de rebocagem, “o óxido de nitrogênio é um gás de efeito estufa, que pode ser 300 vezes mais poluente do que o próprio dióxido de carbono. O nível III é um grande diferencial desse projeto e mostra o quanto estamos na vanguarda da indústria naval brasileira”. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Damen Shipyards, que atua em conjunto com a Wilson sons há mais de 25 anos.

Dentre os quatro novos rebocadores, o primeiro deverá entrar em ação somente em fevereiro de 2022. No projeto, os rebocadores serão desenvolvidos com notação de classe Escort Tug, 13 metros de largura, 25 metros de comprimento, pesando cerca de 80 toneladas de bollard (TBP). Esse padrão foi desenvolvido com uma tecnologia que visa atender o mercado norte-americano e europeu, seguindo as normas de controle para reduzir emissão, conforme estabelecido pela Organização Marítima Internacional (IMO).

O avanço na redução de óxido de nitrogênio pela Wilson Sons

Para reduzir a poluição na atmosfera, e consequentemente, o efeito estufa, os setores que contribuem para tal ação estão desenvolvendo novos projetos para evitar que os danos se tornem irreversíveis. Nos mares, o responsável por planejar e verificar se tais estratégias estão funcionando, é a IMO. Até o momento, o Brasil não exige que as embarcações sejam equipadas com a tecnologia norma Tier III.

No entanto, caso a emissão de gases do efeito estufa continuem se encaminhando para proporções alarmantes, o país também deverá adotar essa medida e transformá-la como sendo obrigatória. Até lá, a Wilson Sons estará com mais de 4 rebocadores já inseridos nessa categoria, tornando-se pioneira no uso dessa tecnologia dentre as empresas portuárias brasileiras.

Como forma de desenvolver ainda mais a sustentabilidade e preservar o ambiente, a empresa também será pioneira em outra tecnologia, a “twin fin”. De forma sucinta, trata-se de um conjunto de aletas no qual tendem a aumentar a capacidade de arrasto, durante as manobras, melhorando o desempenho dos rebocadores.

Quando isso é colocado em prática, a potência exigida se torna menor e assim, haverá uma redução no consumo de combustível. Dessa forma, as emissões serão menores no decorrer do processo, fazendo com que a Wilson Sons, atue no setor promovendo a sustentabilidade, enquanto exerce normalmente as suas funções.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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