Com o objetivo de crescer e se reerguer no setor da Construção Naval brasileiro, o Estaleiro Atlântico Sul está contratando ex-soldadores e outros profissionais. O EAS também afirma olhar para o mercado de desmantelamento de navios como uma grande oportunidade
Visando se tornar referência de qualidade na implantação do setor de construção naval no Norte e Nordeste do país, o Estaleiro Atlântico Sul planeja terminar o mês com mais de novos 500 colaboradores. Um número pequeno em comparação aos 50 mil empregados que já possuiu no auge de sua produção de navios Suezmax para a Transpetro.
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CEO da empresa se pronuncia
De acordo com Nicole Mattar Haddad Terpins, CEO do Estaleiro Atlântico Sul, a equipe nunca trabalhou tão arduamente e nos últimos 1 ano e seis meses, o estaleiro voltou a operar com a retomada da construção naval fazendo até agora oito docagens. Esse é um mercado de pelo menos 300 navios, apenas no mercado interno, e o estaleiro deseja se tornar referência de qualidade.
A executiva afirma que quando chegou na companhia, ela possuía apenas 20 colaboradores e nenhum cliente. Nicole veio à companhia para cuidar da aprovação do pedido de Recuperação Judicial, que foi aprovado em junho, quando já havia quatro navios em reparo.
Com a RJ aprovada, a executiva afirma que a empresa de construção naval poderá se reerguer não só em reparos de navios, mas também no de desmantelamento, mercado que se prepara para receber selo verde, o primeiro do Brasil. Nicole também planeja entrar no mercado offshore para além da construção naval, e participar da construção de plataformas de petróleo entre outros produtos, como a fabricação de estruturas para a geração de energia eólica.
Estaleiro recebeu contrato de 25 navios da Transpetro
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, distribuiu contratos de encomendas onde o Atlântico Sul ficou com um dos melhores pacotes, de 25 navios tanque de petróleo. A empresa entregou todos, entretanto quando o último zarpou, a empresa já estava lutando pela RJ. Nicole iniciou sua carreira no Estaleiro Atlântico Sul em 2014, como Diretora Jurídica e virou CEO em 2019, com o objetivo de realizar a reestruturação da empresa.
Um dos projetos em que a CEO tem uma ótima expectativa é o de reparo de navios, que a empresa tem vantagem pela sua estrutura e por desenvolver serviços que a tornam uma referência no mercado da construção naval brasileira.
O petroleiro Suezmax, que recebeu o nome de Abdias Nascimento, foi o último entregue à Transpetro no dia 14 de setembro de 2017. Após ser entregue, a embarcação navegou até Salvador para abastecer e depois para a bacia de campos, no Rio de Janeiro, para entrar em operação.
Estaleiro Atlântico Sul está contratando novos colaboradores
Lançado em 2004, o programa de modernização e expansão da frota (Promef) marcaria o crescimento da construção naval no país, mas sem uma política industrial definida para o setor, não teve sucesso.
O programa previa a construção de 49 navios, entretanto 23 dessas foram canceladas. Nicole afirma que tem apenas dois anos para fazer o Atlântico Sul sair da RJ e tem boas expectativas nisso. A executiva afirma que voltou a ligar para os seus ex-soldadores e irá recontratá-los. Aqueles que desejam atuar no Estaleiro precisam deixar seu currículo no site da empresa CLICANDO NESTE LINK.