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Após baixa no mês de janeiro, exportação de soja nos portos brasileiros deve bater recorde em fevereiro

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/02/2022 às 22:26
Atualizado em 19/08/2022 às 05:09
Os portos brasileiros podem se reestruturar na exportação de soja no mês de fevereiro e conseguir bater recorde após a baixa na circulação da carga no mês de janeiro
Os portos brasileiros podem se reestruturar na exportação de soja no mês de fevereiro e conseguir bater recorde após a baixa na circulação da carga no mês de janeiro. Fonte: Divulgação

Os portos brasileiros podem se reestruturar na exportação de soja no mês de fevereiro e conseguir bater recorde após a baixa na circulação da carga no mês de janeiro

O mês de janeiro apresentou uma baixa nos portos brasileiros em relação à exportação de soja, mas nesta sexta-feira, (04/02), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projetou uma movimentação de carga bastante positiva para o mês de fevereiro. De acordo com os dados fornecido pela associação, espera-se que os portos consigam bater o recorde na exportação desse cereal.

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Mês de janeiro de 2022 apresenta baixas na exportação de soja devido a problemas causados pelas chuvas nos portos brasileiros 

O setor de portos no Brasil sofreu com uma grande baixa na exportação de soja durante o mês de janeiro, com um volume muito abaixo do esperado pela Anec sendo movimentado nos complexos. Durante o mês, o maior produtor e exportador global de soja enviou 2,42 milhões de toneladas ao mercado internacional, uma movimentação de carga abaixo das mais de 3,3 milhões de toneladas projetadas pela Anec inicialmente, o que prejudicou bastante as previsões da associação para o mês. 

A analista do Rabobank Marcela Marini comenta que as principais causas dessa baixa na exportação foram os danos causados pelas chuvas no Norte, Nordeste e no Porto de Santos, e destaca que “Teve a competição com o milho e a baixa disponibilidade de soja em janeiro… Muita trading vendeu muito navio em janeiro, assumindo que teríamos muita soja, isso acabou não se concretizando. Vale lembrar que estamos no verão, o line-up deve continuar pesado, os tempos de espera de navios devem continuar pesados…”.

Os problemas causados nas operações dos portos brasileiros em razão das chuvas acabaram levando a uma baixa na exportação dessa carga durante todo o mês de janeiro. Assim, a previsão da Anec acabou não sendo cumprida e o setor de portos se prejudicou bastante com a baixa, embora tenha conseguido movimentar uma boa quantidade de outros produtos nas operações deste mês. 

Fevereiro deve trazer uma reestruturação dos portos brasileiros e recorde na exportação de soja para o mercado internacional

Apesar de janeiro ter sido um mês de grandes baixas na exportação de soja nos portos brasileiros, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) está prevendo que as exportações de soja do Brasil podem atingir 9,9 milhões de toneladas em fevereiro, o que seria um volume recorde para o mês. A associação também fez projeções de que os embarques consigam dobrar na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a colheita da oleaginosa foi atrasada por um plantio tardio, o que diminuiu a disponibilidade do grão.

Um dos grandes fatores que podem levar ao recorde de movimentação dessa carga nos portos brasileiros durante todo o mês de fevereiro é a parceria do Brasil com o governo chinês. Isso acontece pois a China é a maior importadora do mercado internacional e está cada vez mais interessada na exportação brasileira dos grãos de soja. Assim, o que se espera é que essa parceria possa acontecer de forma mais significativa durante o mês de fevereiro e que a exportação desse grão seja realmente a prevista pela Anec. 

A associação também prevê que, durante os próximos meses, a situação logística deve melhorar com um maior avanço da colheita, já que até a semana passada o país havia colhido apenas 10% da área, e também com um tempo mais seco. Todos esses fatores colaboram para que o mês de fevereiro traga grandes resultados para a movimentação de soja nos portos brasileiros.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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