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Para sair da crise, o Estaleiro Atlântico Sul desenvolveu um plano com foco na fabricação, vendas e recuperação de equipamentos usados no setor de Energia Eólica Offshore

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 09/03/2022 às 00:34
Atualizado em 19/08/2022 às 05:08
O Estaleiro Atlântico Sul, após um longo período de crise e dívidas, resolveu criar um plano de recuperação para que pudesse se reerguer. O plano foi desenvolvido com o foco nas vendas de unidades produtivas e fabricação de equipamentos que irão ser úteis para serem utilizados no ramo da energia eólica offshore
O Estaleiro Atlântico Sul, após um longo período de crise e dívidas, resolveu criar um plano de recuperação para que pudesse se reerguer. O plano foi desenvolvido com o foco nas vendas de unidades produtivas e fabricação de equipamentos que irão ser úteis para serem utilizados no ramo da energia eólica offshore. Fonte: Divulgação

O Estaleiro Atlântico Sul, após um longo período de crise e dívidas, resolveu criar um plano de recuperação para que pudesse se reerguer. O plano foi desenvolvido com o foco nas vendas de unidades produtivas e fabricação de equipamentos que irão ser úteis para serem utilizados no ramo da energia eólica offshore

Ainda tentando se reerguer após a crise do ano de 2021 e as dívidas acumuladas, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) desenvolveu um plano de recuperação e, durante esta última sexta-feira, (04/03), comentou sobre ele. O complexo pretende realizar vendas de áreas produtivas, como as do Complexo de Suape, e irá produzir equipamentos para a utilização na energia eólica offshore durante os próximos anos.

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Há quase um ano atrás, Estaleiro Atlântico Sul vem criando o seu plano de recuperação. Fonte: Twitter

Plano de recuperação do Estaleiro Atlântico Sul tem como objetivo principal vendas de unidades produtivas para quitação de dívidas financeiras acumuladas

Tentando voltar ao mercado após a questão judicial passada no ano de 2021, quando teve o acordo com credores homologado pela Justiça, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), complexo gigantesco em Ipojuca (PE), desenvolveu um grande plano de recuperação para os próximos anos. O complexo irá realizar vendas de áreas produtivas para a criação de terminais portuários privados ainda este ano, continuando o plano, que foi iniciado ainda no final do ano passado. 

Assim, o Estaleiro Atlântico Sul separou parte da área de 1,62 milhão de m², que se estende pelo conjunto industrial e portuário de Suape, e separou-as em Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) para serem vendidas ou colocadas em acordos para o pagamento das dívidas. Entre as 5 UPIs, dois grandes blocos para vendas foram divididos, um foi estimado no documento que definiu o plano de reestruturação, em R$ 380 milhões e o outro, com três, foi avaliado em R$ 895 milhões, também com base nos dados do processo.

Além disso, a presidente do EAS, Nicole Terpins, é quem está à frente das negociações com os credores para as vendas das áreas do estaleiro e, segundo ela, o EAS conseguirá se reerguer durante os próximos anos. Apesar de não ser possível comentar sobre os processos que estão sendo realizados, por questão de confidencialidade jurídica, a presidente afirmou que fará de tudo para conseguir levar adiante o plano de recuperação do Estaleiro Atlântico Sul e que os próximos anos serão essenciais para que isso aconteça e o local volte ao patamar anterior. 

Estaleiro Atlântico Sul irá começar a produzir equipamentos para serem utilizados na produção de energia eólica offshore nos próximos anos 

Ainda focando em seu plano de recuperação para os próximos anos, a presidente do Estaleiro Atlântico Sul afirmou que o próximo passo do local será a fabricação de equipamentos com destino à produção de energia eólica offshore. Esse tipo de produção tem crescido bastante nos últimos anos, em razão do alto potencial que o território brasileiro possui e o foco do EAS será no nordeste, a principal região se tratando da energia eólica offshore. Assim, as vendas dos equipamentos poderá proporcionar um impulso maior para a reestruturação do EAS nos próximos anos. 

Nicole Terpins comentou sobre o plano e afirmou que “Não adianta ficar na choradeira. Estamos tentando buscar todos os mercados. O reparo naval não estava no plano original do estaleiro e estamos sendo muito bem-sucedidos. Agora, o que a gente pretende é virar fornecedor para torres e fundações para energia eólica. Há um mercado onshore de sistemas com demanda consolidada. Temos ainda perspectiva em relação ao mercado offshore. Teremos um diferencial bastante grande para atender a esses parques, que é o custo de logística, pela localização. Vamos entrar no mercado onshore, hoje dominado por outros concorrentes, e no offshore, em formação”.

O que se espera agora é que o ramo da energia eólica offshore, atrelado às vendas das áreas do local, possam ser suficientes para que o Estaleiro Atlântico Sul volte ao seu status anterior no mercado nacional.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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