As taxas de exportação do gás natural liquefeito (GNL) estão batendo um dos maiores preços devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou durante o final do mês de fevereiro e dura até os dias atuais. Putin, presidente russo, argumenta que irá parar de realizar os conflitos depois que o presidente ucraniano aceitar as suas imposições quanto ao contrato realizado entre os dois países durante o ano de 1991.
Outro aspecto que faz com que o gás natural liquefeito (GNL) fique mais caro, além da guerra realizada pela Rússia e a Ucrânia, é que poucos navios estão sendo ofertado para o gás refrigerado, a demanda por eles vem crescendo exponencialmente, mas os estoques, devido aos bloqueios realizados pelos Estado Unidos, estão abaixo do que é exigido pela demanda internacional. A corretora de navios e consultoria GNL Poten & Partners afirmou que o número de cargas enviadas para o setor vem sendo cada vez mais limitada e rebuscada.
O mercado e a indústria geralmente, entretanto, esperam soluções ágeis para esta categoria de problema, visto que pode impactar diretamente no caixa de grandes marcas distribuídas em vários países. Essa não é a primeira vez que o Oriente enfrenta dificuldades para se recuperar da crise que vem recaindo também sobre o ocidente. A Coreia do Sul vem sendo uma das mais prejudicadas.
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Incêndio em empresa de GNL aumentou os preços? Muito além da guerra da Rússia
O incêndio que aconteceu na indústria localizada em Freeport não aumentou os preços do gás natural liquefeito (GNL). Apesar disso, é importante salientar que a planta está fora de operação desde o final do mês de maio e não há executivas para voltar a funcionar. O valor que atualmente está sendo cobrado pelo ‘spot’ é de US$ 100.000 e US$ 85.000 por dia para cargas da Ásia. Esses preços são bastante elevados visto que, durante anos anteriores, o valor médio que estava sendo cobrado aos asiáticos estava por volta de US$ 49.000.
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“Isso (a interrupção do Freeport LNG) deveria ter tido um impacto. Uma perda de fornecimento em qualquer lugar implica uma perda de demanda, mas não vimos isso”, disse Feer. Algumas taxas de carga tiveram aumento expressivo na faixa de 40% em pouco tempo. Conforme o analista, teriam visto, em apenas dez anos, aumentos que até então nunca foram registrados em toda a indústria de transporte e navegação.