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Marinha exige que oficiais que peçam baixa paguem até por água e munição: entenda a nova medida!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 19/03/2025 às 13:20
Oficiais da Marinha devem indenizar despesas de cursos, incluindo munição e energia, caso peçam demissão. Entenda essa nova medida.
Oficiais da Marinha devem indenizar despesas de cursos, incluindo munição e energia, caso peçam demissão. Entenda essa nova medida.

Oficiais da Marinha que pedirem demissão terão que indenizar a União por gastos com formação, incluindo até munição, energia elétrica e água. Uma decisão polêmica pode afetar os militares que desejam abandonar a carreira após cursos de alto custo, como os de capacitação em energia nuclear e comando de embarcações.

Você sabia que, se um oficial da Marinha do Brasil pedir demissão, ele pode ser obrigado a devolver os custos relacionados ao seu treinamento e formação?

A lista inclui até despesas com munição, energia elétrica e até água utilizada durante os cursos.

De fato, essa medida tem gerado surpresa, especialmente entre aqueles que não imaginam a magnitude dos gastos de um militar em treinamento.

A nova exigência da Marinha e seus custos

Recentemente, o Diário Oficial da União publicou documentos revelando que a Marinha do Brasil adotou medidas rigorosas contra oficiais que pedem demissão antes de completarem o tempo necessário após cursos.

Esses treinamentos, realizados no Brasil ou no exterior, incluem especializações em energia nuclear.

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Olsen, determinou que os oficiais que pedirem demissão antes de três anos de formação terão que indenizar a União por todos os custos relacionados, incluindo passagens aéreas, munição, energia e até água utilizada nos cursos.

Reembolso de todos os custos de formação

Essa decisão impacta diretamente os militares e suas opções de desligamento.

Caso o oficial peça para sair antes do tempo estipulado, ele precisará devolver os valores de vários custos.

Isso inclui o pagamento de remuneração de professores, material didático, manutenção de equipamentos e instalações e, surpreendentemente, até os custos com energia elétrica e água consumidos nos cursos.

Além disso, a Portaria GM-MD nº 4.044, de 2021, detalha os itens que o oficial deverá reembolsar.

A lista inclui honorários de instrutores, passagens, horas de voo em treinamento e até o combustível usado em atividades militares.

A intenção é garantir que o recurso público seja bem utilizado e evitar que os militares abandonem a carreira sem cumprir o tempo necessário para justificar o investimento na sua formação.

Como essa medida busca desestimular demissões?

Essa medida visa, principalmente, impedir que oficiais se desliguem logo após concluir cursos caros e especializados.

Esses treinamentos frequentemente envolvem tecnologias avançadas, como o uso de energia nuclear.

Ao exigir o reembolso, a Marinha pretende proteger o investimento feito na capacitação dos militares, assegurando que eles permaneçam na força naval por mais tempo.

A exigência também busca retener oficiais qualificados.

Nos últimos meses, diversos oficiais pediram demissão, o que gerou preocupações nas Forças Armadas.

Em janeiro de 2025, por exemplo, um Capitão de Corveta e outros oficiais de alta patente solicitaram desligamento.

Esses militares estavam habilitados para comandar embarcações de grande porte, como navios de guerra.

Essa saída precoce poderia causar um impacto significativo nas Forças Armadas, especialmente naqueles setores que exigem alta qualificação e experiência.

Aumento dos pedidos de demissão

Nos últimos 30 dias, as Forças Armadas registraram 33 pedidos de demissão de oficiais de carreira.

Em alguns desses documentos, havia vários oficiais pedindo desligamento ao mesmo tempo.

Muitos deles participaram de cursos caros, como os voltados para submarinos nucleares ou para o comando de navios de guerra.

Esse aumento nos pedidos de demissão revelou a necessidade de medidas mais rígidas para proteger o investimento em formação.

Esses dados refletem que a demanda por desligamento de oficiais tem crescido.

Em alguns casos, oficiais com mais de 10 anos de carreira pediram para deixar o serviço.

Isso gerou debates sobre o futuro das políticas de capacitação e permanência nas Forças Armadas.

Além disso, a legislação que obriga o reembolso trouxe à tona uma reflexão sobre o equilíbrio entre a formação especializada e a necessidade de flexibilidade na carreira militar.

Exemplos de pedidos de desligamento

Em janeiro, por exemplo, um Capitão de Corveta, habilitado para comandar navios de guerra, pediu demissão, junto com outros dois Capitães Tenentes e um Primeiro Tenente.

Esses oficiais tinham alto custo de formação.

Em fevereiro de 2025, quatro oficiais foram citados em documentos oficiais aguardando a aprovação de suas demissões.

Isso mostra que as dificuldades financeiras e as exigências para permanência estão afetando a decisão dos militares.

Logo depois, em março, mais seis oficiais foram incluídos na lista de desligamento, confirmando que a decisão de demitir-se se tornou um tema recorrente entre os militares.

Cursos afetados por essa política

Entre os cursos mais impactados estão os de capacitação em submarinos nucleares e treinamentos de comando em embarcações de guerra.

O custo desses cursos é altíssimo e envolve o uso de tecnologias de ponta.

Isso inclui o fornecimento de munição, energia elétrica para os treinamentos e a manutenção de instalações sofisticadas.

Quando um oficial decide deixar a carreira antes de concluir o período estabelecido, ele precisa cobrir os custos de sua formação.

Por exemplo, um curso de especialização em submarinos nucleares pode ultrapassar milhões de reais.

Isso inclui infraestrutura de treinamento, viagens internacionais, equipamentos avançados e até subsídios para pesquisadores e instrutores.

O futuro das Forças Armadas brasileiras

Essa mudança reflete o esforço das Forças Armadas para controlar os custos com a formação de seus oficiais.

Com o aumento das demandas internas e externas, o governo está atento ao aumento das despesas com a capacitação e busca formas de otimizar os recursos.

A intenção é garantir que os militares comprometidos cumpram suas obrigações no processo de defesa nacional.

Por outro lado, muitos questionam se essa abordagem poderá afetar negativamente a renovação de quadros nas Forças Armadas, especialmente em tempos de desafios orçamentários.

A decisão da Marinha do Brasil de exigir o reembolso dos custos de formação para os oficiais que pedirem demissão tem gerado discussões sobre as consequências dessa política.

Ela busca proteger os investimentos feitos em treinamento, mas pode gerar insatisfação entre os militares.

Essa mudança também pode afetar a renovação das Forças Armadas.

O debate sobre essa questão continua em alta, principalmente em um contexto de crise fiscal e necessidade de eficiência no uso dos recursos públicos.

Dessa forma, a medida pode se tornar um exemplo de como as Forças Armadas estão se adaptando a um mundo em que cada investimento precisa ser justificado.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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