A Marinha do Brasil fechou um contrato milionário de R$ 34,5 milhões com a BK Consultoria para garantir o sucesso do projeto do Submarino Nuclear Álvaro Alberto. O comissionamento da Usexa é crucial para a produção de combustível nuclear, essencial para a soberania brasileira. A tecnologia nuclear avançada já está em marcha, com lançamento previsto para 2029!
O Brasil segue com investimentos significativos em sua tecnologia nuclear, especialmente no setor de defesa, o projeto de Submarino Nuclear Convencionalmente Armado, também conhecido como Álvaro Alberto, é um dos marcos mais relevantes.
Além disso, a Unidade Piloto de Hexafluoreto de Urânico (Usexa) desempenha um papel crucial na produção de combustível nuclear.
Com isso, o país se prepara para garantir a soberania nacional no mar por meio de novos avanços tecnológicos.
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O contrato da Marinha com a BK Consultoria
Em 20 de fevereiro de 2025, a Marinha assinou um contrato de R$ 34,52 milhões com a empresa BK Consultoria e Serviços.
Esse contrato, que se estende até 2027, tem como objetivo o apoio técnico especializado à prontificação, comissionamento e partida da Usexa, unidade vital para a produção de combustível para o futuro submarino nuclear.
A parceria inclui a cedeção de mão de obra especializada para garantir a execução das atividades necessárias.
Essas atividades são parte do comissionamento da unidade.
Dessa forma, o Brasil garante um suporte técnico de alta qualidade, essencial para o sucesso do projeto.
Comissionamento da Usexa e submarino Álvaro Alberto
É fundamental entender o papel do comissionamento da Usexa nesse contexto.
Por meio dessa etapa crucial, o Brasil estará mais próximo de produzir combustível para o Submarino Nuclear Convencionalmente Armado Álvaro Alberto, uma peça-chave no fortalecimento da defesa nacional.
Este submarino será de grande importância para a soberania do país nas águas internacionais.
Além disso, será uma das grandes apostas da Força Naval para garantir a segurança no mar.
O comissionamento da Usexa permite que o Brasil inicie a produção do combustível nuclear para este submarino, considerado essencial para o projeto de defesa.
Este processo terá uma implantação inicial em pequena escala.
Isso permitirá que o Brasil aprenda com os erros e acertos antes de disseminar as melhores práticas para outras unidades operacionais.
Ademais, a experiência adquirida ao longo dessa fase inicial será fundamental para a continuidade e expansão do programa de defesa.
O complexo naval de Itaguaí e o lançamento previsto para 2029
Além do trabalho de comissionamento da Usexa, a construção do submarino Álvaro Alberto avança no Complexo Naval de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro.
Em junho de 2024, a Marinha realizou o primeiro corte de chapa para a construção das cavernas de uma das seções do casco do submarino.
Esse corte é um marco simbólico no desenvolvimento do projeto.
Ele é essencial, pois a seção em questão abrigará a geração de energia propulsiva do submarino.
O início da construção está previsto para este ano, e o lançamento oficial do submarino Álvaro Alberto deve ocorrer em 2029.
Com isso, o Brasil se prepara para um salto importante na tecnologia de defesa submarina.
Isso garantirá maior autonomia em suas operações no mar.
Por conseguinte, a criação do submarino representa um grande avanço para o Brasil em termos de poderio militar.
Isso também reflete a crescente autossuficiência do país no campo nuclear.
A importância da Usexa e a produção de combustível nuclear
A Usexa, inaugurada em 2012 e localizada no Centro Industrial Nuclear de Aramar, em Iperá, São Paulo, tem como missão o desenvolvimento e beneficiamento do urânio.
Este processo envolve desde a extração do minério até a fabricação do combustível nuclear.
Sob a responsabilidade da Amazul, uma empresa pública vinculada à Marinha, a Usexa atua como o centro de apoio estratégico para o desenvolvimento da energia nuclear brasileira.
A Usexa desempenha, portanto, um papel vital não apenas na produção de combustível nuclear para submarinos, mas também na capacitação do Brasil para atuar em todas as etapas do ciclo do combustível nuclear.
O ciclo começa com a mineração e beneficiamento do urânio e vai até a fabricação das pastilhas que compõem o combustível para os reatores nucleares.
Além disso, é importante destacar que o Brasil, por meio de suas fábricas em Resende (RJ), utiliza tecnologia avançada de ultracentrifugação para enriquecer o urânio.
Esse processo coloca o Brasil em uma posição privilegiada no campo da energia nuclear.
O ciclo do combustível nuclear: etapas cruciais
O ciclo do combustível nuclear é um processo técnico e industrial essencial para transformar o urânio extraído da natureza em combustível para os reatores nucleares.
Esse ciclo é composto por várias etapas fundamentais.
Primeiramente, após a mineração, o urânio é triturado e submetido a um processo químico que resulta no concentrado de urânio, o chamado yellowcake.
A partir daí, o urânio é convertido em hexafluoreto de urânio (UF6), um gás necessário para o enriquecimento.
O enriquecimento do urânio é realizado utilizando a tecnologia de ultracentrifugação, em que o isótopo U235 é concentrado para permitir a utilização como combustível.
Esse processo ocorre na Fábrica de Combustível Nuclear da INB em Resende, onde o urânio é reconvertido em pó de dióxido de urânio (UO2).
Após essa etapa, o urânio enriquecido é moldado em pastilhas, que são inseridas em varetas de aço especial.
Essas varetas formam feixes que constituem o combustível nuclear, responsável por gerar energia nos reatores.
Em seguida, a geração de energia acontece por meio da fissão dos átomos de urânio contidos no combustível.
Esse processo gera calor e transforma a água em vapor.
Esse vapor movimenta as turbinas que geram eletricidade nas usinas nucleares, como as de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
O futuro da energia nuclear no Brasil
Com a utilização do hexafluoreto de urânio e o enriquecimento do urânio, o Brasil avança em sua capacidade de produção de energia nuclear, fortalecendo sua posição no cenário global.
Além disso, o Projeto de Submarino Nuclear Álvaro Alberto representa um grande passo para a defesa nacional.
A Marinha brasileira, por meio desse projeto, visa garantir não apenas a segurança do país, mas também desenvolver expertise em tecnologias nucleares avançadas.
Por fim, ao dominar todas as etapas do ciclo do combustível nuclear e com a implementação da Usexa, o Brasil se torna mais independente e preparado para enfrentar desafios futuros.
Esse esforço não é apenas uma conquista tecnológica, mas também um símbolo de autonomia e soberania no uso de recursos nucleares.
Assim, o Brasil segue na vanguarda da energia nuclear, com planos claros para o futuro e a manutenção de sua liderança no campo da defesa.