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Companhias de fretes marítimos investem em manutenção de navios e contêineres para contornar altos custos desses equipamentos para a movimentação de cargas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 30/03/2022 às 03:13
Atualizado em 19/08/2022 às 05:08
A alta nos preços dos navios e a escassez de contêineres no mercado global fizeram com que empresas de fretes marítimos buscassem estender a vida útil desses equipamentos para a movimentação de cargas por meio de manutenção
A alta nos preços dos navios e a escassez de contêineres no mercado global fizeram com que empresas de fretes marítimos buscassem estender a vida útil desses equipamentos para a movimentação de cargas por meio de manutenção. Fonte: Divulgação

A alta nos preços dos navios e a escassez de contêineres no mercado global fizeram com que empresas de fretes marítimos buscassem estender a vida útil desses equipamentos para a movimentação de cargas por meio de manutenção

No último sábado, (26/03), o mercado global de fretes marítimos enfrenta uma grande alta nos preços dos navios e uma forte escassez na produção de contêineres em razão dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Assim, as empresas de movimentação de cargas estão buscando investir na manutenção desses equipamentos para contornar a situação atual que assola o mercado internacional da logística de transportes.

Veja mais:

Conflitos entre Rússia e Ucrânia causam escassez no número de contêineres e alta nos preços dos navios, impactando diretamente a logística dos fretes marítimos 

O segmento da logística nos fretes marítimos já estava passando por um momento bastante delicado após o início da pandemia do Covid-19 e, com as novas dinâmicas internacionais causadas pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, esse cenário se encontra ainda mais agravado. Os preços dos navios estão cada vez mais altos e o mercado global enfrenta um déficit na oferta de contêineres para a movimentação de cargas, levando as companhias do segmento a buscarem novas alternativas e soluções para o problema. 

Assim, os valores atuais das embarcações estão alarmando as empresas do setor portuário quanto ao cenário futuro que irá assolar esse segmento. O preço médio atual para os navios que podem transportar 15 mil contêineres de 20 pés estão na faixa de preço de US$ 100 a US$ 110 milhões, já navios de 20 a 24 mil contêineres estão em cerca de US$ 150 milhões. Todos esses aumentos que houveram no último mês representam um total de 30% de crescimento em relação aos meses anteriores, uma alta bastante significativa para o mercado.

Com isso, as empresas que atuam no mercado de fretes marítimos estão buscando novas soluções para continuar com as operações de movimentação de cargas em dia. Assim, elas vêm buscando estender a vida útil de navios em até dois anos e de contêineres em até 3 anos, por meio de investimentos na manutenção e em reformas nesses equipamentos. Dessa forma, as companhias conseguirão aguardar a estabilização do mercado para investirem em novas aquisições para a logística dos fretes marítimos. 

Empresas do ramo da logística nos fretes marítimos comentam sobre situação atual do mercado internacional e estratégias para contornar altos preços dos navios e contêineres

O tempo médio para a construção de navios é de  9 a 12 meses, principalmente em estaleiros da China, Coréia e Japão, que lideram a atividade no mundo, após anos de supremacia da Europa até a década de 1980. Assim, as empresas de fretes marítimos devem conseguir aguardar esse período de construção enquanto realizam a manutenção nas embarcações, assim como os contêineres, que estão passando por novas reformas para que possam continuar em operação. 

Com isso, Leandro Barreto, sócio diretor da Solve Shipping Intelligence, comenta que “O fato é que o navio está caro e estamos avaliando se vale a pena estender a vida útil. É obvio que os armadores que já tinham planos de trocar navios certamente vão reconsiderar. Mas isso só dá certo se vier com estratégia. Estender a vida útil sem estratégia leva a risco muito grande de começar a ter quebra de navio e quebra da confiabilidade da empresa e problemas financeiros, o cliente não vai querer navio quebrando”.

Dessa forma, o cenário atual é de muito estudo e análise quanto ao custo-benefício e aos pontos positivos e negativos das estratégias que podem ser utilizadas para contornar a situação, que não tem previsão para ser amenizada, já que os conflitos ainda seguem acontecendo.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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