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Capacidade limitada de construção naval na Ásia deixa pouco espaço para transportadoras de GNL e isso prejudica mercado brasileiro

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 07/06/2022 às 08:48
Atualizado em 14/10/2024 às 16:50
Capacidade limitada de construção naval na Ásia deixa pouco espaço para transportadoras de GNL e isso prejudica mercado brasileiro - Pixaaby
Capacidade limitada de construção naval na Ásia deixa pouco espaço para transportadoras de GNL e isso prejudica mercado brasileiro – Pixaaby

O mercado global e brasileiro vem sendo prejudicado por causa da baixa capacidade asiática para a construção naval, que faz com que haja dificuldade em realizar o transporte de gás GNV.  

O executivo sênior da  Korea Shipbuilding & Offshore Engineering (KSOE)  afirmou que a pandemia fez com que uma demanda maior por navios começasse a surgir. No entanto, a Ásia não está preparada para isso, visto que estava acostumada a realizar uma grande parte das suas importações de aviões. E, deste modo, a falta de capacidades e investimentos para a construção naval poderia causar uma série de impactos negativos para o mercado local e mundial, impedindo que haja a negociação com empresas estratégicas de GNV, e até mesmo brasileiras, como é o caso da Petrobras. 

Veja também:

Apesar da falta de capacidade, as grande maioria das empresa de construção naval preencher a carteira por dois anos ou mais – mercado de GNL

A Korea Shipbuilding & Offshore Engineering (KSOE) está com a sua carteira preenchida por dois anos ou mais. E, como forma de converter a crise deixada pela pandemia e necessidade de navios de contêiner, uma grande parte das empresas europeias já providenciaram as suas unidades flutuantes de armazenamento e regaseificação (FSRUs).  A decisão de contar com unidades flutuantes também foi uma alternativa para conseguir suprir a crise deixada pelos russos em meio a guerra com a Ucrânia. 

Os russos, até então, eram um dos principais responsáveis pela exportação de gás para o Oriente através de ductos. Deste modo, não seria necessário que houvesse a criação de barreiras para deixar navios. 

As transportadoras de GNL estão sendo impactadas com a crise, inclusive a Coreia do Sul que está tendo dificuldade de construção de novos postos de navios enquanto o setor não consegue realizar a importação. 

“Um grande volume de pedidos de novas construções ocupou slots na China e nos estaleiros sul-coreanos”, K.W. Kim, vice-presidente sênior da Hyundai Heavy Industries, em entrevista para o portal da Reuters.  De acordo com ele, a  capacidade do país sobre os KSOE está praticamente cheia e a transportação de gás está representando ao menos 30% de todos os slots. Enquanto isso, a instituição está conseguindo produzir apenas  20 a 22 porta-aviões de GNL por ano.

Os estaleiros que se encontram no Sul da Coreia estão enfrentando dificuldade quanto a mão de obra: está faltando profissionais que tenham interesse em atuar no serviço bruto. Assim sendo, faz com que o país tenha necessidade de trazer mão de obra do exterior e abrir a barreira tão fechada que a ideologia criou em cima do nome coreano. 

Kim fala que existem outros aspectos que vão além de mão de obra que estão prejudicando a contribuição de estaleiros, como é o caso do preço elevado dos metais, que praticamente dobraram desde que houve o começo da pandemia. Apesar disso, algumas previsões argumentam que a produção de metal está prevista para aumentar no ano de 2022, fazendo com que os preços tenham uma leve diminuição. 

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