Inglês 
Espanhol 
4 min de leitura 
0 comentários 
CADE aprova sem restrições a venda do controle da Wilson Sons para subsidiária da MSC, reforçando a expansão da gigante marítima no Brasil e impulsionando o setor portuário
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda do controle da Wilson Sons para a Shipping Agencies Services (SAS), subsidiária do grupo europeu de transporte marítimo MSC. O despacho foi publicado na última sexta-feira e, segundo comunicado da companhia brasileira, a decisão do órgão regulador se tornará definitiva após 15 dias da publicação no Diário Oficial da União.
Venda da Wilson Sons ainda depende de aprovação da Antaq
Apesar da aprovação pelo Cade, a Wilson Sons destacou que a conclusão da venda ainda está sujeita a outras condições precedentes, incluindo a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A negociação envolve a venda da participação de 56% da empresa pela controladora OW Overseas para o grupo europeu MSC. O valor total da transação é de R$ 4,35 bilhões, e a expectativa da empresa é que a operação seja concluída no segundo semestre de 2025.
- Gigante dos mares de 6,5 bilhões: Norwegian Aqua redefine o conceito de cruzeiro de luxo com montanha-russa aquática e experiências incríveis!
- A arma que pode afundar um império: como os mísseis chineses desafiam o domínio naval dos Estados Unidos
- Por apenas R$ 145 milhões, Brasil pode incorporar navios de guerra bilionários do Reino Unido e causar revolta internacional
- Os piratas dos rios: Criminosos usam drones de alta tecnologia para vigiar, atacar e roubar embarcações
Em dezembro de 2024, como parte do processo de aquisição, a MSC, por meio de sua subsidiária SAS, já havia adquirido 12% da Wilson Sons. Esse movimento foi um passo estratégico para consolidar a entrada da gigante do transporte marítimo no mercado brasileiro de logística portuária.
Wilson Sons: referência em logística portuária no Brasil
Fundada em 1837, a Wilson Sons é uma das maiores e mais tradicionais empresas de logística portuária e marítima do Brasil. A companhia atua em diversos segmentos do setor, incluindo rebocadores, operação de terminais portuários, agenciamento marítimo, serviços offshore e apoio à indústria de óleo e gás.
A empresa opera uma das maiores frotas de rebocadores da América Latina e administra terminais portuários estrategicamente localizados para facilitar o comércio exterior brasileiro. Com um histórico consolidado e infraestrutura robusta, a Wilson Sons desempenha um papel fundamental na logística e na eficiência do setor portuário do país.
A empresa está presente em diversos portos brasileiros, oferecendo suporte para operações de importação e exportação. Seu portfólio inclui os terminais Tecon Salvador (BA) e Tecon Rio Grande (RS), além de bases de apoio offshore e operações de estaleiros.
MSC: líder global em transporte marítimo
A Mediterranean Shipping Company (MSC) é uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, com sede na Suíça. Fundada em 1970, a companhia opera uma extensa frota de navios porta-contêineres e está presente em mais de 155 países.
A MSC atua não apenas no transporte de cargas, mas também no setor de cruzeiros, logística e infraestrutura portuária. Seu braço de logística, a MSC Terminal Investment (TiL), investe em terminais portuários ao redor do mundo, reforçando a presença da empresa em hubs estratégicos para o comércio global.
A aquisição da Wilson Sons faz parte da estratégia da MSC para fortalecer sua posição no Brasil e expandir sua atuação no setor de logística portuária na América do Sul. Com a conclusão do negócio, a expectativa é de que novos investimentos sejam realizados para aprimorar a infraestrutura e a eficiência dos serviços oferecidos nos portos brasileiros.
Impacto da aquisição para o setor portuário brasileiro
A entrada da MSC no controle da Wilson Sons representa um movimento significativo para o mercado de logística portuária no Brasil. A gigante do transporte marítimo traz consigo expertise global e capacidade de investimento, fatores que podem impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias e a modernização dos serviços oferecidos pela Wilson Sons.
Com a ampliação da participação de grandes players internacionais no setor portuário nacional, o Brasil pode se beneficiar de um aumento da competitividade, melhorias operacionais e um maior fluxo de cargas. A expectativa é que a operação também gere impactos na eficiência do comércio exterior, com possíveis ganhos na redução de custos logísticos e no tempo de movimentação das mercadorias nos terminais portuários.
A conclusão do negócio ainda depende das aprovações regulatórias finais, mas a tendência é que a aquisição seja concluída conforme o cronograma estabelecido, fortalecendo a presença da MSC no Brasil e expandindo as operações da Wilson Sons no cenário global.
