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Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) precisa de mais R$ 1 bilhão por ano para manter cronograma e entregar submarino nuclear até 2035

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 26/03/2025 às 16:49
Submarino da classe Riachuelo é parte do Prosub, que precisa de mais recursos para seguir no prazo
Submarino da classe Riachuelo é parte do Prosub, que precisa de mais recursos para seguir no prazo

Para entregar o primeiro submarino nuclear até 2035, Marinha precisa de reforço no orçamento. Dois já foram entregues, mas o projeto corre risco de atraso.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), criado em 2008, é um dos maiores projetos militares do Brasil. A ideia é construir submarinos modernos, incluindo o primeiro com propulsão nuclear do país. Mas agora, o programa precisa de R$ 1 bilhão a mais por ano para conseguir entregar tudo no prazo. A informação foi publicada pelo site Defesa Aérea & Naval.

O que é o Prosub?

Esse programa é uma parceria entre o Brasil e a empresa francesa Naval Group. O objetivo é modernizar a frota de submarinos da Marinha com quatro modelos convencionais e um submarino nuclear — que será o primeiro da América Latina.

Até agora, dois submarinos da classe Riachuelo já foram entregues: o Riachuelo e o Humaitá. Os próximos, Tonelero e Angostura, devem ficar prontos até 2026. O submarino nuclear está em fase inicial, com previsão de entrega entre 2034 e 2035 — mas só se o orçamento permitir.

Por que o projeto está em risco?

Hoje, o Prosub recebe cerca de R$ 2 bilhões por ano. Esse valor já foi maior no passado, mas caiu depois da crise econômica de 2015. De acordo com a Marinha, para manter o ritmo atual e entregar o submarino nuclear no prazo, seriam necessários R$ 3 bilhões por ano — ou seja, R$ 1 bilhão a mais.

O problema é que o orçamento do governo para 2025 prevê apenas R$ 2,1 bilhões para o projeto. Isso pode atrasar a obra e encarecer o custo final.

Frotas antigas e desatualizadas

Outro ponto levantado pela Marinha é que quase metade da frota atual está perto de ser desativada. Segundo o mesmo texto da Defesa Aérea & Naval, 43 navios devem sair de serviço até 2028, e ainda não há garantias de substituição. Isso preocupa, porque o Brasil tem um litoral enorme e precisa proteger sua costa.

Tentativas de aumentar o orçamento

Para tentar garantir mais recursos, o comandante da Marinha, Almirante Marcos Olsen, apoia uma proposta de emenda à Constituição que fixa um valor mínimo do orçamento para as Forças Armadas, com base no PIB. Outra ideia, apresentada pelo Ministro da Defesa José Múcio, é usar a receita corrente líquida como base para esse cálculo. Mas, por enquanto, nenhuma dessas propostas avançou no Congresso.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 4.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

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