Simulação feita no Pacífico mostra que o Sistema de Combate Aegis usado em navios pode detectar e rastrear mísseis hipersônicos com alta precisão.
A Marinha dos Estados Unidos, junto com a empresa Lockheed Martin e a Agência de Defesa contra Mísseis (MDA), realizou um teste importante com o Sistema de Combate Aegis, que mostrou que ele pode lidar com ameaças hipersônicas – aquelas que viajam em altíssimas velocidades, difíceis de interceptar. A informação foi publicada no portal especializado Poder Naval.
Como foi o teste do Sistema de Combate Aegis?
O teste, chamado de Stellar Banshee (FTX-40), aconteceu no dia 24 de março, no Campo de Testes de Mísseis do Pacífico, no Havaí. Quem participou da simulação foi o destróier USS Pinckney (DDG 91), que usou o Sistema de Combate Aegis para detectar e rastrear um míssil com características hipersônicas.
Segundo o portal Defence Industry Europe, o alvo não era um míssil real, mas tinha o comportamento esperado de um míssil hipersônico, como velocidade muito alta e mudanças rápidas de trajetória.
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A vice-presidente da Lockheed Martin, Chandra Marshall, afirmou que o Aegis “defendeu com sucesso contra uma ameaça hipersônica simulada”, mostrando que o sistema pode reagir rápido o bastante para proteger navios e bases contra esse tipo de perigo moderno.
O que é o Sistema de Combate Aegis?
O Aegis é um Sistema de Combate Aegis de defesa usado pela Marinha americana. Ele combina sensores, radares e mísseis guiados para proteger navios contra aviões, drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos. E agora, com esse teste, mostrou que também pode funcionar contra armas hipersônicas.
A plataforma é considerada um dos sistemas mais avançados de combate naval do mundo e pode ser instalada tanto em navios de guerra quanto em bases em terra, como já acontece na Europa.
De acordo com a Manufacturing.net, esse avanço ajuda a garantir que os Estados Unidos estejam prontos para responder a ameaças vindas de países que já estão desenvolvendo seus próprios mísseis hipersônicos, como China, Rússia e Coreia do Norte.
Por que isso é importante?
Os mísseis hipersônicos são uma das maiores preocupações atuais no campo da defesa. Eles são muito rápidos – acima de 6.000 km/h – e conseguem mudar de rota no meio do caminho, o que dificulta qualquer sistema de defesa. Ter um Sistema de Combate Aegis funcionando contra esse tipo de ameaça é um passo enorme para a segurança dos navios e das forças aliadas dos EUA ao redor do mundo.
O site The War Zone apontou que esse foi um dos primeiros testes com foco total na defesa contra mísseis desse tipo e que novos testes com interceptações reais estão previstos para os próximos meses.