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Marinha do Brasil fortalece estudos marítimos com avanços científicos e tecnológicos na Amazônia Azul

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 19/03/2025 às 18:44
Caderno institucional do Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM) da Escola de Guerra Naval, destacando a pesquisa oceânica e a Amazônia Azul. Imagem: Divulgação PPGEM
Material institucional do Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM) da Escola de Guerra Naval, reforçando o compromisso com a pesquisa marítima. Imagem: Divulgação PPGEM

Iniciativas da Marinha impulsionam a pesquisa oceânica, o desenvolvimento da tecnologia naval e a formação de especialistas, contribuindo para a segurança marítima e a economia azul do país.

A Marinha do Brasil desempenha um papel essencial no incentivo às pesquisas sobre o mar. Desde a criação da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, em 1979, a instituição investe fortemente na inovação científica. Além disso, promove estudos acadêmicos e fomenta o desenvolvimento da chamada “Amazônia Azul”, conceito consolidado oficialmente em 2004. Como resultado, fortalece a segurança marítima, a economia do mar e o avanço científico do setor. Dessa forma, essas ações contribuem diretamente para o crescimento sustentável do país.

Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM)

Criado em 2014 pela Escola de Guerra Naval, o PPGEM tornou-se referência na formação de especialistas em estratégia e segurança marítima.

O curso oferece Mestrado e Doutorado profissionais, com avaliação CAPES nota 5, garantindo excelência na capacitação acadêmica e profissional.

Mais de 230 alunos concluíram o programa, sendo 75% civis, evidenciando a inclusão de diversos setores na construção do conhecimento marítimo.

Processo seletivo e corpo docente qualificado

A entrada no PPGEM ocorre por seleção rigorosa, com provas, avaliação de idiomas e entrevistas. Desde 2015, recebe candidatos anualmente, ampliando pesquisas em segurança marítima e economia azul.

O corpo docente inclui profissionais qualificados, com experiência acadêmica e no setor marítimo. Além disso, os estudantes acessam laboratórios modernos, impulsionando pesquisas de alto impacto.

Aula inaugural e perspectivas estratégicas

A aula inaugural de 2025 teve a presença do Secretário de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Cássio da Conceição Coelho, palestrante do evento.

Criada em 2023, a secretaria surgiu para fortalecer políticas marítimas estaduais e fomentar iniciativas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do setor marítimo.

O evento destacou a importância da Amazônia Azul e o papel do Brasil na governança oceânica, reforçando a cooperação entre governo e academia no setor.

Presença internacional e colaboração acadêmica

Desde 2018, alunos estrangeiros passaram a compor turmas do PPGEM, promovendo intercâmbios científicos e culturais. A Primeiro-Tenente da Marinha de Moçambique, Amélia Victoria João Machele, ingressou no doutorado como parte desse esforço de internacionalização, fortalecendo o compartilhamento de conhecimento e a cooperação científica. A participação de pesquisadores estrangeiros tem contribuído para o enriquecimento das discussões e para a produção científica do programa, além de ampliar o impacto da pesquisa marítima no cenário global.

Projetos que reforçam a mentalidade marítima

A Marinha do Brasil promove iniciativas para pesquisa oceânica e preservação ambiental. O Programa de Mentalidade Marítima (PROMAR), criado em 2012, sensibiliza sobre a cultura marítima e políticas públicas eficientes.

Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Brasileira (REMPLAC)

Desde 2009, o Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Brasileira (REMPLAC) tem desempenhado um papel crucial, pois realiza levantamentos geológicos e geofísicos para, assim, identificar e proteger riquezas minerais nas águas territoriais do Brasil. Além disso, em 2014, estudos conduzidos pelo projeto contribuíram significativamente para que o Brasil pudesse pleitear, junto à ONU, a ampliação de sua plataforma continental, o que, por sua vez, garantiu soberania sobre novas áreas. Dessa forma, o REMPLAC não apenas fundamenta estratégias para a exploração sustentável dos recursos oceânicos, mas também busca equilibrar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, promovendo, portanto, um uso responsável dessas riquezas.

Importância da pesquisa marítima para o Brasil

O mar é um dos principais ativos econômicos do Brasil, com impacto direto em diversas indústrias. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas e Hidrográficas, mais de 19% do PIB nacional provém de atividades ligadas à economia azul. A exploração sustentável dos oceanos pode gerar ainda mais benefícios econômicos e ambientais, tornando fundamental o contínuo incentivo à pesquisa marítima.

O futuro dos estudos marítimos no Brasil

A Marinha do Brasil, desse modo, segue investindo continuamente na qualificação de profissionais e na ampliação da pesquisa oceânica. Além disso, o fortalecimento do PPGEM, aliado a programas como PROMAR e REMPLAC, evidencia, por conseguinte, a relevância do mar para o desenvolvimento econômico, estratégico e ambiental do Brasil. Assim, o compromisso da Marinha em fomentar esse conhecimento não apenas contribuirá para a segurança e a sustentabilidade dos oceanos, mas também garantirá, a longo prazo, o uso responsável dos recursos marítimos para as futuras gerações.

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