A Marinha do Brasil deu um grande passo ao participar de um treinamento inédito com drones. Em um exercício conjunto com o Exército e a Força Aérea, as Forças Armadas testaram novas tecnologias de inteligência e vigilância, reforçando a segurança nacional.
A Marinha do Brasil (MB) deu um grande passo no aprimoramento de suas operações aéreas ao participar de um treinamento conjunto com outras Forças Armadas, focado no uso de aeronaves remotamente pilotadas, conhecidas como drones.
Este treinamento inédito foi realizado com o objetivo de explorar as capacidades dessas aeronaves em ações de inteligência, vigilância e reconhecimento, áreas essenciais para a segurança nacional.
O evento, denominado Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (EXOP IVR 2025), aconteceu entre os dias 17 e 24 de março, na Base Aérea de Santa Maria (RS), e contou com a participação de mais de 350 militares.
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A proposta era testar os limites tecnológicos das aeronaves não tripuladas, que vêm se tornando ferramentas cada vez mais imprescindíveis em operações militares modernas.
Um novo patamar para a inteligência militar
Durante o exercício, os militares foram desafiados a realizar operações integradas que envolveram reconhecimento aeroespacial, patrulha naval, defesa cibernética e controle aéreo avançado.
Esses testes foram feitos em conjunto com diferentes forças, explorando o uso de sensores de alta tecnologia nas aeronaves, proporcionando uma visão detalhada das capacidades e da interoperabilidade das três forças armadas.
De acordo com o Capitão de Fragata Raphael Estrella Nogueira, comandante do 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (EsqdQE-1) da Marinha do Brasil, este foi um momento decisivo para o desenvolvimento de novas doutrinas de combate.
“Estamos acostumados a realizar missões de caráter naval, embarcados nos navios da Esquadra ou sobre o mar. Este exercício foi uma oportunidade de ampliarmos nossa doutrina para missões terrestres, especialmente com atividades em campo junto ao Exército”, explicou o comandante.
Além disso, o Exército Brasileiro participou ativamente do exercício com veículos blindados e algumas de suas brigadas atuaram como forças oponentes no campo.
O objetivo dessa interação era permitir que a Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB) pudessem realizar missões de inteligência, reconhecimento e acompanhamento de alvos, com foco em comboios e cativeiros.
O treinamento conjunto com a Força Terrestre foi um passo importante para a integração de estratégias entre as três forças.
Potencial das aeronaves RQ-1 ScanEagle
A Marinha do Brasil participou do exercício com quatro aeronaves RQ-1 ScanEagle, que são capazes de voar por até 15 horas, alcançar uma altitude de 5.943 metros (cerca de 19.500 pés) e atingir velocidades de cruzeiro de aproximadamente 110 km/h.
Essas aeronaves oferecem a vantagem de longas horas de vigilância e podem ser utilizadas em uma variedade de missões militares, como monitoramento de áreas de interesse, identificação de ameaças e suporte em missões de resgate.
O uso dessas aeronaves não tripuladas está em linha com a crescente importância da tecnologia aérea no campo de batalha.
Equipadas com sensores de última geração, as aeronaves permitem uma análise em tempo real dos cenários, além de proporcionar precisão nas operações de inteligência.
A Marinha do Brasil tem investido fortemente para tornar essas aeronaves uma parte fundamental da sua estratégia operacional, já que a tecnologia de drones tem se mostrado uma ferramenta de grande eficácia nas missões modernas.
A colaboração interforças
Um dos principais aspectos do exercício foi a integração das forças.
A Força Aérea Brasileira contribuiu com aviões de caça e de reconhecimento, enquanto o Exército Brasileiro trouxe os veículos blindados e suas brigadas para a simulação de conflitos terrestres.
Essa troca de experiências entre os diferentes setores das forças armadas foi fundamental para a troca de conhecimento e evolução das táticas militares.
Esse tipo de treinamento evidencia a importância de cooperar entre as forças de um país para aumentar a eficácia das operações militares.
A presença da Marinha no exercício também representou a capacidade da Força Naval em adaptar-se às novas realidades do campo de batalha moderno, integrando tecnologia de ponta com a experiência de combate tradicional.
Resultados e impacto no futuro das operações militares
Este exercício conjunto é um marco na preparação e capacitação das Forças Armadas Brasileiras.
Ele não só reforçou o papel crescente da tecnologia militar como também demonstrou a capacidade de adaptação e integração entre as forças armadas do Brasil.
O impacto do EXOP IVR 2025 vai além do desenvolvimento de novas doutrinas operacionais.
Ele também proporciona um aprendizado valioso sobre a utilização das aeronaves remotamente pilotadas em operações conjuntas, o que é um ponto chave para o futuro das missões de inteligência.
À medida que o mundo se adapta às novas tecnologias, a Marinha do Brasil, em parceria com a FAB e o Exército, se prepara para estar à frente, utilizando as ferramentas mais inovadoras no campo de batalha.
A crescente utilização dos drones não é apenas uma evolução tecnológica, mas também uma mudança significativa na forma como as operações militares são conduzidas, proporcionando mais precisão, eficiência e segurança.
A tecnologia de drones já se mostra uma vantagem estratégica e, com a constante evolução dessas aeronaves e o aprimoramento de suas capacidades de sensoriamento e comunicação, o Brasil está preparado para enfrentar novos desafios no cenário de segurança nacional.