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Manobra chinesa preocupa aliados dos EUA e aumenta vigilância em área estratégica do Indo-Pacífico

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/03/2025 às 17:31
chinesa
Foto: Reprodução

Em mais uma exibição de poder naval, a China posicionou seu “navio monstro” nas proximidades de um país aliado dos Estados Unidos, signatário do Tratado de Defesa Mútua

Um dos maiores navios da guarda costeira do mundo, o CCG-2901, da China, foi destaque em uma operação no Mar da China Oriental, região disputada e próxima ao Japão, aliado dos Estados Unidos. O navio, conhecido como “navio monstro”, participou de um treinamento intenso, exibindo força e capacidade em águas estratégicas.

Treinamento em alto-mar

Segundo a TV estatal chinesa, a manobra envolveu quatro embarcações da Guarda Costeira da China. O exercício durou cinco dias e aconteceu em local não revelado.

As imagens divulgadas mostram os navios enfrentando ventos fortes e ondas. Um dos focos foi o treinamento de reabastecimento no mar.

O CCG-2901, com 12 mil toneladas, atuou como navio de apoio. Os demais navios se posicionaram ao lado e atrás dele para simular o abastecimento durante a navegação.

Esse tipo de operação, segundo analistas chineses, antes era feito apenas pela Marinha. Agora, a guarda costeira parece se preparar para missões de longo alcance.

Potência em crescimento

A China tem a maior frota de aplicação da lei no mar, com mais de 150 navios de grande porte. O Pentágono, em seu relatório militar de dezembro passado, afirmou que os novos navios da guarda costeira chinesa são maiores, mais equipados e prontos para operar longe da costa.

Estão preparados para missões prolongadas, com armas de até 76 mm, canhões de água e helicópteros.

Além disso, navios de reabastecimento são cruciais para viagens longas. A própria China já usou essa estratégia em missões passadas, como a patrulha que chegou ao Oceano Ártico em conjunto com a Rússia.

Disputa territorial

A Guarda Costeira da China mantém presença constante nas ilhas Senkaku, controladas pelo Japão. A China, que chama o local de Diaoyu, contesta esse domínio.

Taiwan também reivindica a área, com o nome de Tiaoyutai. O porta-voz chinês Liu Dejun declarou recentemente que essas ilhas “sempre foram território da China” e cobrou que o Japão pare suas atividades ali.

No ano passado, um instituto chinês revelou planos para novos navios de suprimento. Especialistas acreditam que um novo modelo pode ser anunciado em breve. Ainda não se sabe se a China vai expandir as missões da guarda costeira para fora do Pacífico Ocidental em 2025.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista com mais de uma década de experiência, especializado na cobertura de temas estratégicos como indústria naval, tecnologia, economia, geopolítica, setor automotivo, energia renovável e política. Desde 2015, atuo em grandes portais de notícias, com destaque especial para reportagens e análises sobre o setor naval, acompanhando de perto as tendências, desafios e inovações da indústria marítima nacional e internacional.

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