Pedido visa conter avanços chineses e garantir liberdade de navegação em rota marítima vital para o comércio global
O governo das Filipinas quer mais força no Mar da China Meridional. O secretário de Defesa Nacional, Gilbert Teodoro, afirmou que o país precisa aumentar sua presença na região. A fala ocorreu durante a cerimônia de 49 anos do Comando Ocidental das Forças Armadas, na última segunda-feira.
Teodoro foi direto: é preciso desencorajar ações consideradas ameaçadoras. Para isso, ele defendeu mais capacidades de interdição, com foco em patrulhamento e interceptação. O alvo são embarcações que entram na zona econômica exclusiva filipina, chamada de Mar das Filipinas Ocidentais.
Força e estratégia
O Comando Ocidental atua em áreas estratégicas, como Second Thomas Shoal, Sabina Shoal e o Grupo de Ilhas Kalayaan. Teodoro destacou que essa é a linha de frente de uma força multidomínio, pronta para lidar com ameaças de vários tipos.
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Ele também pediu melhorias nas bases, na capacidade de sustentação e nos sistemas de comando e controle. Tudo para garantir que as Forças Armadas possam responder de forma eficiente e rápida.
Durante o evento, o governo apresentou novos equipamentos. Foram batizados barcos de assalto, armas antidrone, rifles antimaterial e outros recursos para as forças que atuam na região disputada.
Olho em novas armas
Teodoro não explicou o que seriam os “implementos de dissuasão” citados em seu discurso. Mas outros oficiais falaram abertamente sobre o interesse das Filipinas no sistema de armas Typhon. Ele pode lançar mísseis Tomahawk e SM-6. No ano passado, uma unidade Typhon dos EUA foi enviada ao norte do país, o que gerou protestos da China.
De 2023 a 2024, os conflitos entre Manila e Pequim aumentaram. O ponto mais tenso foi em junho, quando agentes chineses atacaram navios filipinos que reabasteciam a embarcação BRP Sierra Madre.
Teodoro culpa o Partido Comunista Chinês por buscar “autoengrandecimento” e provocar as tensões. Para lidar com isso, o país criou o plano de Defesa Arquipélago Abrangente, que amplia a atuação militar para o ar e o mar.
Apoio americano
Representantes dos EUA estavam na cerimônia. O secretário filipino elogiou a ajuda do grupo militar americano baseado em Manila, que tem dado apoio com inteligência e treinamento.
Nos próximos dias, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, visitará as Filipinas. Será seu primeiro destino no Indo-Pacífico desde que assumiu o cargo.