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Filipinas pede presença mais forte no Mar da China Meridional

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/03/2025 às 22:54
China
Foto: Reprodução

Pedido visa conter avanços chineses e garantir liberdade de navegação em rota marítima vital para o comércio global

O governo das Filipinas quer mais força no Mar da China Meridional. O secretário de Defesa Nacional, Gilbert Teodoro, afirmou que o país precisa aumentar sua presença na região. A fala ocorreu durante a cerimônia de 49 anos do Comando Ocidental das Forças Armadas, na última segunda-feira.

Teodoro foi direto: é preciso desencorajar ações consideradas ameaçadoras. Para isso, ele defendeu mais capacidades de interdição, com foco em patrulhamento e interceptação. O alvo são embarcações que entram na zona econômica exclusiva filipina, chamada de Mar das Filipinas Ocidentais.

Força e estratégia

O Comando Ocidental atua em áreas estratégicas, como Second Thomas Shoal, Sabina Shoal e o Grupo de Ilhas Kalayaan. Teodoro destacou que essa é a linha de frente de uma força multidomínio, pronta para lidar com ameaças de vários tipos.

Ele também pediu melhorias nas bases, na capacidade de sustentação e nos sistemas de comando e controle. Tudo para garantir que as Forças Armadas possam responder de forma eficiente e rápida.

Durante o evento, o governo apresentou novos equipamentos. Foram batizados barcos de assalto, armas antidrone, rifles antimaterial e outros recursos para as forças que atuam na região disputada.

Olho em novas armas

Teodoro não explicou o que seriam os “implementos de dissuasão” citados em seu discurso. Mas outros oficiais falaram abertamente sobre o interesse das Filipinas no sistema de armas Typhon. Ele pode lançar mísseis Tomahawk e SM-6. No ano passado, uma unidade Typhon dos EUA foi enviada ao norte do país, o que gerou protestos da China.

De 2023 a 2024, os conflitos entre Manila e Pequim aumentaram. O ponto mais tenso foi em junho, quando agentes chineses atacaram navios filipinos que reabasteciam a embarcação BRP Sierra Madre.

Teodoro culpa o Partido Comunista Chinês por buscar “autoengrandecimento” e provocar as tensões. Para lidar com isso, o país criou o plano de Defesa Arquipélago Abrangente, que amplia a atuação militar para o ar e o mar.

Apoio americano

Representantes dos EUA estavam na cerimônia. O secretário filipino elogiou a ajuda do grupo militar americano baseado em Manila, que tem dado apoio com inteligência e treinamento.

Nos próximos dias, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, visitará as Filipinas. Será seu primeiro destino no Indo-Pacífico desde que assumiu o cargo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista com mais de uma década de experiência, especializado na cobertura de temas estratégicos como indústria naval, tecnologia, economia, geopolítica, setor automotivo, energia renovável e política. Desde 2015, atuo em grandes portais de notícias, com destaque especial para reportagens e análises sobre o setor naval, acompanhando de perto as tendências, desafios e inovações da indústria marítima nacional e internacional.

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