Com esse novo terminal, a expectativa da Coamo é deixar os problemas obtidos no Porto de Paranágua para trás e torcer para que o Porto de Itapoá consiga atender as demandas necessárias
No último dia 30, a Coamo anunciou que está investindo em seu próprio porto. Para sair do papel, a empresa terá que gastar cerca de R$ 1 bilhão. A empresa, pioneira e considerada a maior no setor agrícola da América Latina, optou por comprar o terreno no Porto de Itapoá, Santa Catarina. Antes de iniciar o projeto, o local está passando por uma série de estudos, tal como, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), para avaliar os possíveis riscos que o empreendimento poderá gerar ao ambiente. Para não gerar os mesmos problemas que o Porto de Paranágua.
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Por qual motivo a Coamo irá criar um porto fora do Paraná?
Ao realizar o anúncio desse novo projeto, um fato que chamou bastante atenção foi a localização do porto. A empresa possui sede na cidade de Campo Mourão, no Paraná. Entretanto, o investimento está sendo conduzido no estado vizinho. Segundo o presidente executivo da companhia, Airton Galinari, essa decisão foi a mais assertiva, visto que, ao investir no próprio estado, houveram diversos problemas com a infraestrutura.
Quando administravam o porto de Paranágua, diversos problemas ocorriam, fazendo com que a cooperativa enfrentasse, por uma década, dias conturbados. Assim, com atrasos nos embarques de navios e outras confusões, multam não paravam de chegar e clientes não paravam de encerrar a parceria. No entanto, os últimos anos permitiram que Paranágua conseguisse as rédeas e voltasse a ser um bom investimento.
Porém, para Galinari, a melhor decisão foi seguir com as ideias antigas, que visam um futuro melhor. Assim, ao abrir esse novo porto em Itapoá, a Coamo está pensando em seu futuro, em uma nova era da cooperativa. Mesmo assim, esse novo empreendimento possui pontos negativos, que segundo Airton, “na medida em que crescemos também vamos tendo problemas. Não pelo porto em si, mas pela estrutura que leva ao porto, como a rodovia e a ferrovia. Vamos trabalhar com as melhores alternativas para atender a expansão que estamos tendo.”
Novo local, novos projetos em grãos, fertilizantes e gás
O terreno já está liberado parcialmente liberado para que a construção seja iniciada, pois já possui o documento da Marinha, ‘Nada a opor’. Está situado a 400 metros do mar, em uma região de grande interesse portuário. A expectativa é que o projeto possua 3 berços de atracação, onde serão distribuídos para grãos, fertilizantes e o último, para líquidos e gás.
Para os grãos, a ideia inicial é a instalação de um armazém que consiga conservar 200 mil toneladas. Já para os fertilizantes, os líquidos e o gás, a expectativa é conseguir parceiros para que o projeto possa atender não somente as demandas da Coamo, mas sim, de outras companhias. Entretanto, até que a obra tenha início, pode demorar anos. Visto que necessita dos estudos ambientais, das licenças prévias e da instalação, e somente assim, o porto será iniciado.