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Energia limpa nos mares! Brasil apresenta barco-laboratório movido a hidrogênio na COP30, destacando inovação e sustentabilidade para o futuro da navegação global

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/03/2025 às 19:01
Energia limpa nos mares! Brasil apresenta barco-laboratório movido a hidrogênio na COP30, destacando inovação e sustentabilidade para o futuro da navegação global
Explorer H1 terá 50 metros de comprimento para operações de mergulho (Imagem: Náutica/Divulgação)

Brasil inova ao levar barco-laboratório movido a hidrogênio para a COP30 e reforça compromisso com a sustentabilidade marítima

O Brasil dará um grande passo rumo à inovação e à sustentabilidade na navegação ao apresentar dois barcos adaptados para operar 100% com hidrogênio verde durante a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que ocorrerá em novembro, na cidade de Belém, Pará. Essas embarcações não apenas representam um marco na transição energética do setor naval, mas também funcionarão como barco-laboratório movido a hidrogênio, promovendo pesquisas e educação ambiental.

O uso do hidrogênio como fonte de energia tem sido amplamente debatido como uma alternativa viável e limpa para o transporte marítimo, reduzindo drasticamente a emissão de gases poluentes. As embarcações, batizadas como Explorer H1 e Explorer H2, foram projetadas para atuar como plataformas tecnológicas e salas de aula flutuantes, além de desempenharem um papel fundamental na preservação dos biomas brasileiros.

Barco-laboratório movido a hidrogênio: como funcionam as embarcações que o Brasil apresentará na COP30

Os dois barcos adaptados para funcionar com hidrogênio verde foram desenvolvidos com foco na pesquisa e no monitoramento ambiental. O primeiro deles, o Explorer H1, é um barco-laboratório movido a hidrogênio com 50 metros de comprimento, projetado para atuar no apoio a operações de mergulho, manejo de veículos operados remotamente (ROVs) e coleta de dados hidrográficos e oceanográficos em até 300 metros de profundidade. Atualmente, a embarcação está ancorada no Estaleiro Arpoador, localizado em Guarujá, São Paulo.

Já o Explorer H2, que mede 36 metros, foi desenvolvido para navegação em águas muito rasas. Movido por um sistema de hidro jatos, esse barco movido a hidrogênio é especialmente adaptado para expedições científicas e ambientais, podendo alcançar locais de difícil acesso. Ele está localizado no Estaleiro INACE, em Fortaleza, Ceará, e será um dos destaques do Brasil na COP30.

A principal inovação dessas embarcações está na utilização do hidrogênio verde como combustível, eliminando totalmente a emissão de dióxido de carbono (CO₂) e outros poluentes. Essa tecnologia coloca o Brasil na vanguarda da transição energética para um setor naval mais sustentável.

A importância do barco movido a hidrogênio na redução das emissões de carbono no transporte marítimo

O transporte marítimo é um dos setores que mais contribuem para as emissões de carbono no mundo. De acordo com dados da Organização Marítima Internacional (IMO), os navios comerciais são responsáveis por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Com a crescente pressão por soluções mais ecológicas, o desenvolvimento de um barco movido a hidrogênio surge como uma resposta eficiente para reduzir esse impacto ambiental.

hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis, como energia solar e eólica, é uma das alternativas mais promissoras para a substituição dos combustíveis fósseis no setor naval. Ele oferece vantagens como emissão zero de poluentes e alta eficiência energética, tornando-se uma opção estratégica para o futuro da navegação.

Com a apresentação do barco-laboratório movido a hidrogênio na COP30, o Brasil demonstra seu compromisso em adotar tecnologias limpas e incentivar pesquisas voltadas à transição energética. Essa iniciativa não apenas reduz o impacto ambiental das operações marítimas, mas também impulsiona o país como referência global em sustentabilidade e inovação no transporte naval.

Parcerias estratégicas impulsionam o desenvolvimento do barco-laboratório movido a hidrogênio no Brasil

O projeto das embarcações movidas a hidrogênio surgiu a partir de uma parceria entre a JAQ Apoio Marítimo, o Grupo Náutica e o Parque Tecnológico Itaipu (Itaipu Parquetec). Esse acordo foi firmado durante a 2ª edição da Foz Internacional Boat Show, realizada em novembro do ano passado. O objetivo é consolidar o Brasil como um polo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o setor naval.

A longo prazo, a meta é tornar o Itaipu Parquetec o maior centro nacional de pesquisa e inovação em hidrogênio verde nos próximos dois anos. Localizado na margem brasileira da Usina de Itaipu Binacional, o parque reúne instituições de ensino, empresas e órgãos governamentais para fomentar soluções sustentáveis voltadas para o setor energético e naval.

“A presença da embarcação na COP30 servirá como um símbolo do compromisso do Brasil com a transição energética, além de reforçar o papel do país como protagonista nas discussões globais sobre mudanças climáticas”, afirma um comunicado oficial da parceria.

A COP30 e o papel do Brasil na inovação sustentável para o transporte marítimo global

A COP30 será um evento crucial para as discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, reunindo líderes de todo o mundo para debater soluções para a crise ambiental. A apresentação do barco-laboratório movido a hidrogênio no evento colocará o Brasil em destaque como um dos países que mais investem em inovação no setor naval.

Com a crescente preocupação global com as emissões de carbono e o impacto ambiental do transporte marítimo, iniciativas como essa tornam-se fundamentais para o futuro da navegação. O desenvolvimento de um barco movido a hidrogênio representa não apenas um avanço tecnológico, mas também uma estratégia para impulsionar a economia verde e criar novas oportunidades para a indústria naval brasileira.

Ao investir em tecnologias limpas e sustentáveis, o Brasil reafirma seu compromisso com o meio ambiente e sua posição de liderança nas discussões climáticas internacionais. A COP30 será uma vitrine para essa transformação, evidenciando como a inovação pode ser aliada da preservação ambiental e da transição energética.

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Valdemar Medeiros

Jornalista e especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Naval, Novas tecnologias navais, Ciência e Tecnologia e os principais acontecimentos da Industria Naval do Brasil e do mundo.

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