Com 186 metros de comprimento e 30.000 toneladas, a embarcação Belgorod é considerada a arma submarina mais poderosa já construída, alterando o equilíbrio militar global
O submarino nuclear K-329 Belgorod, da Marinha Russa, é a maior e mais avançada embarcação submarina de guerra já construída. Com 186 metros de comprimento e um deslocamento de 30.000 toneladas, ele entrou oficialmente em serviço em 2022, sendo considerado uma peça-chave da estratégia militar da Rússia. Seu armamento inclui os temidos torpedos nucleares Poseidon, projetados para realizar ataques devastadores contra alvos costeiros e navais.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia, o Belgorod tem capacidade para operar de maneira furtiva em águas profundas por longos períodos, tornando-se uma ameaça significativa para forças navais adversárias. Além de suas funções estratégicas ofensivas, a embarcação também pode realizar operações de inteligência e sabotagem, incluindo o possível ataque a cabos submarinos de comunicação.
Arsenal de destruição: os torpedos nucleares Poseidon
O diferencial mais alarmante do Belgorod é sua capacidade de carregar até seis torpedos nucleares Poseidon, conhecidos como as armas do “juízo final”. Cada torpedo tem 25 metros de comprimento e pode carregar uma ogiva nuclear de até 100 megatons, o que equivale a milhares de vezes o poder da bomba atômica lançada sobre Hiroshima.
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Segundo especialistas militares russos citados pelo jornal Izvestia, os torpedos Poseidon podem ser lançados a uma profundidade de 1.000 metros e atingir velocidades superiores a 100 nós (185 km/h), tornando-se quase impossíveis de interceptar. A ogiva nuclear desses torpedos tem a capacidade de criar tsunamis radioativos, com ondas de até 500 metros de altura, capazes de destruir completamente cidades costeiras e portos estratégicos.
Capacidades furtivas e operações secretas
Além de sua função como plataforma de ataque estratégico, o Belgorod também é equipado para missões de espionagem e guerra eletrônica. Especialistas do Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI) afirmam que a embarcação pode realizar sabotagens em cabos submarinos de internet e redes de comunicação, comprometendo infraestruturas críticas de países adversários.
Outro diferencial do Belgorod é sua autonomia operacional. Diferentemente de submarinos convencionais, ele não precisa emergir por meses, podendo operar a grandes profundidades sem ser detectado. Isso torna a embarcação uma peça essencial da doutrina militar russa de guerra assimétrica, na qual a imprevisibilidade e o efeito psicológico da ameaça são tão importantes quanto a capacidade destrutiva real.
Resposta ocidental e impacto geopolítico
A introdução do Belgorod na frota russa aumentou as preocupações de EUA e OTAN, que veem a embarcação como um fator de instabilidade militar global. Em 2023, a Marinha dos EUA aumentou suas patrulhas no Atlântico Norte e no Ártico para monitorar movimentações do submarino, conforme relatado pelo Pentágono.
Analistas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) destacam que a Rússia pode utilizar o Belgorod não apenas como dissuasão estratégica, mas também como uma ferramenta de pressão política. A possibilidade de um submarino nuclear altamente furtivo com armamento devastador operando próximo às costas europeias gera um impacto significativo no planejamento militar do Ocidente.