O cenário geopolítico global tem levado diversas nações a reforçarem suas capacidades militares. Em resposta ao crescente poderio naval da China, a Austrália intensificou seus investimentos em mísseis anti-navio, buscando fortalecer sua defesa marítima e garantir maior segurança estratégica na região.
A Austrália está investindo em novos mísseis de longo alcance para fortalecer suas forças armadas. A decisão ocorre em meio à crescente presença naval chinesa próxima às costas australianas.
O governo planeja equipar soldados com armamentos modernos para proteger o território e apoiar aliados na região.
Planos para novos armamentos
O governo australiano avalia dois modelos avançados de mísseis antinavio, que podem ser lançados a partir de plataformas móveis. Uma decisão final sobre o armamento deve ser tomada ainda este ano. Um dos candidatos é o Precision Strike Missile, fabricado pela Lockheed Martin, com alcance projetado de até 1.000 km.
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Os mísseis serão disparados a partir de lançadores HIMARS, dos quais 42 unidades foram encomendadas aos Estados Unidos. A expectativa é que esses sistemas comecem a operar entre 2026 e 2027.
A tecnologia já foi testada pelo Exército dos EUA, que em junho realizou um ataque bem-sucedido contra um alvo móvel no mar durante um exercício no Pacífico.
Presença naval chinesa preocupa
A movimentação militar chinesa na região tem sido acompanhada de perto pelo governo australiano. No mês passado, três navios de guerra chineses – incluindo um cruzador, uma fragata e um navio de reabastecimento – estiveram próximos de Sydney e Melbourne.
Durante a operação, a flotilha chinesa realizou um aparente exercício de fogo real no Mar da Tasmânia, sem aviso prévio às autoridades da Austrália e Nova Zelândia. Como resultado, 49 voos foram desviados entre os dois países no dia 21 de fevereiro.
Defesa e dissuasão
Segundo Mick Ryan, major-general aposentado do Exército australiano, os novos mísseis reforçam a capacidade de defesa do país. Ele destaca que um lançador HIMARS posicionado em Sydney poderia atingir navios em aproximação.
Além do Exército, a Marinha e a Força Aérea também receberão mísseis de longo alcance. O objetivo é responder à crescente presença militar chinesa e garantir a segurança da região da Ásia-Pacífico.
O Ministério da Defesa da Austrália não comentou oficialmente sobre o assunto. Entretanto, especialistas avaliam que os novos armamentos ajudarão a manter a estabilidade regional e a dissuadir possíveis ameaças.