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Portos privados aguardam investimentos bilionários e são destaques na movimentação de cargas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 01/02/2022 às 21:55
Atualizado em 19/08/2022 às 05:09
O setor portuário está expandindo mais no mercado brasileiro e novos portos privados estão aguardando investimentos em torno de R$ 9,5 bilhões para começarem a operar na movimentação de carga.
O setor portuário está expandindo mais no mercado brasileiro e novos portos privados estão aguardando investimentos em torno de R$ 9,5 bilhões para começarem a operar na movimentação de carga. Fonte: Reprodução

O setor portuário está expandindo mais no mercado brasileiro e novos portos privados estão aguardando investimentos em torno de R$ 9,5 bilhões para começarem a operar na movimentação de carga.

Somente durante o ano de 2021, pelo menos 30 projetos de Terminais de Uso Privado (TUP) foram autorizados. Assim, para esta terça-feira, (01/02), a expectativa é que esses novos portos privados consigam investimentos em torno de R$ 9,5 bilhões, uma vez que eles são destaques na movimentação de carga e vêm crescendo cada vez mais no setor portuário brasileiro.

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Novos portos privados no Brasil esperam investimentos bilionários e continuam crescendo no setor portuário nacional 

O setor privado vem crescendo com grande rapidez no mercado nacional e não seria diferente em relação aos portos. Somente no ano de 2021, cerca de 20 projetos de Terminais de Uso Privado, os chamados TUP, foram autorizados pela Antaq. Assim, a associação espera que, com o desbloqueamento desses portos para o início das operações de movimentação de carga, os investimentos aplicados nos locais somem mais de R$ 9,5 bilhões voltados para logística e infraestrutura de transporte.

Assim, a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) destaca que os olhares atuais estão muito mais voltados para o setor privado e, principalmente, para os chamados TUP. Isso acontece pois eles se encontram fora dos portos organizados, que são administrados por empresas portuárias ou administrações estaduais, e têm regulamentação mais flexível do que os arrendamentos de áreas públicas. Isso fez com que eles crescessem mais e mais no setor de portos no Brasil ao ponto de apresentar uma expansão de 38% apenas na última década. 

O presidente da ATP, Murillo Barbosa, comentou sobre os investimentos no setor e destacou que “O interesse dos investidores é maior em terminais privados do que em arrendamentos dentro de portos organizados. Ninguém precisa esperar a boa vontade do governo para realizar as licitações. O terminal privado tem mais flexibilidade. Ele pode escolher a localização e o tipo de carga. Não precisa cumprir o plano de desenvolvimento e zoneamento do porto público.”

Nordeste Logística e Porto Guará são dois grandes projetos que podem conseguir a parceria com o Ministério da Infraestrutura 

O setor privado dos portos brasileiros continua se movimentando para crescer mais e mais nos próximos anos e expandir as operações de movimentação de carga, que já somam mais de dois terços do que é circulado no mercado nacional. Assim, um dos grandes projetos que estão em busca de contratos com o Ministério da Infraestrutura em 2022 é o Nordeste Logística, que tem um terreno de 83 hectares em Pecém (CE), com quatro terminais planejados, para a movimentação de carga com foco em minério, grãos, fertilizantes e contêineres e contarão com investimentos de R$ 2,35 bilhões.

Um outro projeto que tem fortes chances de conseguir o contrato em 2022 é o Porto Guará, vizinho de Paranaguá (PR), que conta com um plano que também envolve a movimentação de diversos tipos de cargas, como a mineral, os grãos e fertilizantes. Além disso, o pedido à Antaq menciona desembolsos de R$ 3,85 bilhões para esse complexo privado. 

Esses não são os únicos portos privados que aguardam a liberação das licenças e, de acordo com o Ministério da Infraestrutura, o número de terminais privados que aguardam autorização chega a 53 projetos e prevê investimentos de R$ 38,8 bilhões. Os principais desafios envolvem as licitações ambientais e de segurança, mas o setor segue firme na busca da aprovação para que as operações de movimentação de carga possam iniciar o quanto antes.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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