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Projeto bilionário de exportação visa criar linha que conecta Minas Gerais à Angra dos Reis

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 24/11/2021 às 12:33
Atualizado em 19/08/2022 às 05:09
A nova iniciativa do Porto Seco Sul de Minas e do Terminal Portuário de Angra dos Reis (Tpar) visa a criação de uma linha de ferrovia para exportação
A nova iniciativa do Porto Seco Sul de Minas e do Terminal Portuário de Angra dos Reis (Tpar) visa a criação de uma linha de ferrovia para exportação. Fonte: Reprodução

A nova iniciativa do Porto Seco Sul de Minas e do Terminal Portuário de Angra dos Reis (Tpar) visa a criação de uma linha de ferrovia para exportação que une os dois locais

Durante esta última segunda-feira, (22/11), representantes do Porto Seco Sul de Minas e do Terminal Portuário de Angra dos Reis anunciaram um projeto que tem como objetivo a construção de uma ferrovia que possa ligar os locais para a exportação de produtos, em especial o café, e facilitar a logística do setor nas regiões.

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Trecho ferroviário poderá ligar o Porto Seco Sul de Minas ao Tpar e acelerar processos de exportação 

O projeto do Porto Seco Sul de Minas e do Terminal Portuário de Angra dos Reis requer um investimento de cerca de R$ 20 bilhões para a conexão entre os locais e a facilitação das exportações nas regiões. Para que isso aconteça, é necessário reativar os trechos  Varginha-Três Corações-Lavras (Shortline Sul de Minas) e Barra Mansa-Rio Claro-Angra (Shortline Sul Fluminense), ambos há mais de 10 anos inoperantes, e realizar reformas nos locais.

As exportações que saem do Porto Seco Sul de Minas são de alta importância para o comércio local e se concentram atualmente no Porto de Santos, arrecadando cerca de U$ 1 bilhão por ano, com uma movimentação de cerca de 100 mil contêineres, principalmente de café. No entanto, os representantes do local e do  Terminal Portuário de Angra dos Reis acreditam que esses números podem dobrar ao ligar os dois locais para a exportação desses produtos. 

Cleber Marques de Paiva, presidente do Porto Seco de Varginha e exportador de café, comentou acerca do potencial local e afirmou que “Só de café, são 80 mil contêineres, mas com a redução de custos certamente o aumento será expressivo. Para Santos, o exportador paga, hoje, R$ 3,4 mil por contêiner, valor que sobe para R$ 3,8 mil no caso do transporte ao porto do Rio. Com a ligação entre Varginha e Angra, o custo cai para R$ 1,8 mil, sem contar a logística reversa [transporte de fertilizantes do porto para os polos cafeeiros]”.

Portos necessitam de investimentos em infraestrutura para que os resultados sejam alcançados

O presidente do Porto Seco de Varginha destacou que o investimento necessário para o projeto total é de cerca de R$ 20 bilhões em reformas e que, para iniciar as reconstruções, são necessários cerca de R$ 200 milhões. Já no porto de Angra dos Reis, as estimativas calculam cerca de R$ 150 milhões em reformas para que o local consiga atender às demandas de exportação que devem crescer com a finalização do projeto. 

Outro caso de necessidade de investimentos em infraestrutura é o Shorline Sul de Minas, que conta com 130 km de extensão e requer investimentos na modernização das operações do local para que ele consiga suportar a demanda. 

A VLI, que comanda a região da Ferrovia Centro-Atlântica, comentou acerca do problema e afirmou que “A VLI, administradora da Ferrovia Centro-Atlântica, esclarece que estudos de demanda já feitos na região indicam que o trecho citado não tem demanda suficiente para justificar economicamente sua recuperação e operação. Esses estudos estão sendo atualizados, conforme estabelecido pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), como parte natural do processo de renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica. É necessária a conclusão desses levantamentos para uma nova análise do potencial de cargas do trecho. A determinação de projetos e aportes a partir da renovação do contrato de concessão é feita com base na metodologia e parâmetros técnicos da agência reguladora e decisão do Ministério da Infraestrutura”.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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