Um cruzador de mísseis norte-americano participou de exercícios militares ao lado das forças guianenses nesta sexta-feira (28). As operações ocorrem enquanto Guiana e Venezuela disputam a região do Essequibo, rica em petróleo e recursos naturais. A presença dos EUA elevou as tensões diplomáticas e aumentou o temor de conflito na América do Sul.
A disputa territorial entre Venezuela e Guiana alcançou um novo patamar nesta sexta-feira (28). Um poderoso cruzador de mísseis da Marinha dos Estados Unidos esteve na região para exercícios militares conjuntos com a Força de Defesa da Guiana, o que foi interpretado pela Venezuela como uma provocação direta.
Essas ações acontecem num momento crítico, já que ambas as nações sul-americanas disputam a região do Essequibo, rica em petróleo e minerais estratégicos. Com apoio militar norte-americano, a Guiana reforça sua posição, mas aumenta o risco de um confronto aberto com Caracas.
História antiga alimenta disputa atual
A região do Essequibo é reivindicada pela Venezuela desde o século XIX. Em 1899, a área foi dada à Guiana Britânica por um tribunal internacional, decisão que a Venezuela nunca aceitou plenamente.
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O conflito adormeceu por décadas, mas despertou novamente em 2015, após a descoberta de vastas reservas de petróleo e gás natural na região. Com bilhões de barris em jogo, a disputa assumiu contornos ainda mais estratégicos e perigosos.
Manobras militares e presença norte-americana de cruzador
Nesta sexta-feira (28), o cruzador norte-americano realizou exercícios militares em conjunto com a Guiana no mar territorial do país sul-americano. As operações incluíram treinamentos de defesa aérea e simulações de combates marítimos, enviando um claro sinal de apoio político e militar norte-americano a Georgetown.
Esses exercícios militares ocorrem pouco após recentes incidentes, como a incursão de embarcações venezuelanas nas águas disputadas no início de março, que elevaram rapidamente as tensões entre as duas nações vizinhas.
Reações imediatas e alerta regional
A resposta da Venezuela às manobras foi rápida e incisiva. Caracas acusou oficialmente os Estados Unidos de provocação, denunciando uma tentativa de interferência direta em assuntos regionais e ameaçando tomar “todas as medidas necessárias” para defender sua soberania territorial.
O Brasil, que possui fronteira com ambas as nações, já demonstrou preocupação e decidiu enviar tropas adicionais para garantir a segurança em suas próprias fronteiras, destacando o risco iminente de um conflito regional maior.