Cerimônia de batimento de quilha do HMS Dreadnought aconteceu em 20 de março e marca o início da montagem do maior submarino já construído pela Marinha Real Britânica. Equipado com mísseis Trident II e reator Rolls-Royce, o projeto envolve R$ 200 bilhões em investimentos e fortalece a dissuasão nuclear do país até 2060.
A Marinha Real Britânica deu um passo histórico na renovação de sua frota nuclear com o início oficial da construção do HMS Dreadnought, primeiro submarino da nova classe homônima. A cerimônia de batimento de quilha, realizada em 20 de março de 2025, no estaleiro da BAE Systems em Barrow-in-Furness, marca o início da montagem do casco de aço da embarcação.
Projetado para substituir os antigos submarinos da classe Vanguard, o Dreadnought será o maior e mais avançado submarino nuclear já operado pelo Reino Unido. Sua missão será garantir a continuidade da dissuasão nuclear britânica até, pelo menos, o ano de 2060.
Uma nova geração de submarinos balísticos
Com 153,6 metros de comprimento e mais de 17 mil toneladas de deslocamento, o HMS Dreadnought é o primeiro de quatro submarinos planejados para a nova classe. Cada embarcação será equipada com 12 tubos para mísseis balísticos Trident II D5, instalados no Compartimento de Mísseis Comum (CMC) — tecnologia desenvolvida em parceria com os Estados Unidos.
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O armamento será complementado com o sonar Thales 2076, considerado um dos mais sensíveis do mundo, e reatores nucleares PWR3 fabricados pela Rolls-Royce, que oferecem maior eficiência energética e vida útil superior ao modelo anterior.
Tecnologia avançada e conforto para a tripulação
A bordo, 130 militares vão operar o submarino em missões de longa duração, com direito a três chefs, um médico e acomodações mistas, preparadas para homens e mulheres. Os ambientes internos contarão com sistemas de iluminação que simulam o ciclo natural do dia, ajudando a reduzir o impacto psicológico das missões prolongadas.
O design inclui lemes em “X” na popa, que melhoram a manobrabilidade e reduzem o ruído, garantindo mais discrição nas operações de patrulha oceânica. A expectativa é que o HMS Dreadnought entre em serviço no início da década de 2030.
Investimento bilionário e impulso à indústria naval
O programa Dreadnought movimenta cerca de £31 bilhões (equivalente a mais de R$ 200 bilhões), sendo considerado um dos maiores projetos de defesa da história britânica. A construção emprega milhares de trabalhadores em Cumbria e envolve empresas estratégicas como BAE Systems e Rolls-Royce.
Além do HMS Dreadnought, outros três submarinos já têm nomes definidos: HMS Valiant, HMS Warspite e HMS King George VI. Todos farão parte da força de dissuasão contínua do Reino Unido, substituindo gradualmente os submarinos Vanguard até 2042.