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Estaleiro Rio Grande prevê geração de mais de mil empregos na indústria naval após a assinatura do contrato para a construção de quatro novos navios para a Transpetro.
A assinatura do contrato para a construção de quatro novos navios para a Transpetro trouxe otimismo para o polo naval do Sul do Brasil. O projeto, que será executado pelo estaleiro Rio Grande, do grupo Ecovix, promete movimentar a economia e gerar mais de mil empregos, chegando a um pico de 1.400 trabalhadores durante a fase de maior produção das embarcações.
As novas vagas estarão concentradas em funções especializadas no processo de construção naval, como caldeireiros, mecânicos montadores, operadores de máquinas de corte e soldagem automática, soldadores, encanadores e eletricistas. Para suprir essa demanda, o setor já avalia alternativas para qualificar a mão de obra necessária ao projeto.
Próximos passos após a assinatura do contrato
Após a formalização do contrato, as fases seguintes envolvem a apresentação de documentação técnica e o desenvolvimento da engenharia do projeto. Esse processo deve durar cerca de seis meses antes do início efetivo da construção dos novos navios.
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Segundo Ricardo Ávila, diretor operacional da Ecovix, a engenharia do projeto é uma etapa essencial para garantir que as embarcações atendam aos requisitos técnicos e operacionais estabelecidos pela Transpetro. Após essa fase, os primeiros trabalhos físicos no estaleiro Rio Grande podem ser iniciados.
Demanda por profissionais especializados
A retomada das atividades no estaleiro Rio Grande abre um novo ciclo para a indústria naval no Sul do país. No entanto, a qualificação da mão de obra será um dos principais desafios do setor. Além das profissões ligadas diretamente à construção, há uma demanda por engenheiros navais, mecânicos, eletricistas e profissionais de planejamento e suprimentos.
Ávila destaca que, apesar dos anos sem grandes encomendas, a região ainda conta com um número significativo de profissionais experientes na indústria naval. Contudo, será necessário investir em treinamento e capacitação para adequar esses trabalhadores aos processos específicos exigidos na construção de navios.
Capacitação e formação de novos trabalhadores
Para atender à demanda crescente, a Ecovix estuda a possibilidade de oferecer programas de capacitação próprios e parcerias com entidades do setor. O diretor da empresa defende um movimento mais amplo por parte do setor público, especialmente por meio do Sistema S (Senai, Sesc, Senac e Senat), para garantir a formação de profissionais qualificados para os novos navios e futuros projetos navais.
“A empresa terá seu próprio programa de formação para funções mais específicas do processo, mas é fundamental que haja também um esforço coletivo para manter uma base de trabalhadores qualificados e preparados para os próximos desafios do setor”, explica Ávila.
Sustentabilidade da indústria naval no Sul
A continuidade da capacitação profissional é um ponto crucial para evitar crises futuras de escassez de mão de obra qualificada. Segundo Ávila, o Rio Grande do Sul terá pelo menos dois grandes projetos que demandarão trabalhadores técnicos nos próximos quatro a cinco anos, o que reforça a necessidade de programas permanentes de qualificação voltados à construção metal-mecânica e naval.
A perspectiva de novos contratos impulsionados pela Petrobras pode consolidar a recuperação do polo naval da região Sul. Caso a demanda anunciada se concretize, a indústria naval brasileira poderá entrar em um novo ciclo de crescimento, fortalecendo o estaleiro Rio Grande como um dos principais centros de construção de navios do país.
Retomada do setor naval no Brasil
A indústria naval brasileira vive um momento de retomada, impulsionada pelo aumento da demanda da Transpetro e da Petrobras. O contrato assinado para os novos navios no Sul reforça a importância do setor na economia nacional e destaca a necessidade de investimentos contínuos na infraestrutura e na capacitação de trabalhadores.
Com expectativas positivas, a Ecovix acredita que a concretização dos projetos anunciados pode marcar o início de uma nova era para a construção naval no Brasil. “Se a demanda continuar crescendo, podemos ter um cenário de estabilidade e desenvolvimento para os próximos anos”, conclui Ávila.
