A mineradora Vale inaugurou recentemente, em Minas Gerais, Brasil, uma planta piloto para concentração magnética de minério de baixo teor sem usar água
A mineradora Vale estima que, em 2024, 1% de toda a produção da empresa utilizará essa tecnologia, cuja patente já é reconhecida em 59 países.”O NS-03 é uma planta semi-industrial para realizar testes em escala piloto com diferentes tipos de minério, permitindo a definição de parâmetros operacionais para projetos em escala comercial”, explicou o presidente da New Steel, Ivan Montenegro.
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Instalada no Centro de Tecnologia de Ferrosos da mineradora Vale (CTF), em Nova Lima (MG), a planta piloto é a segunda a entrar em operação. Entre 2015 e 2017, uma unidade operava na mina da Fábrica também em Minas Gerais. Os bons resultados foram fundamentais para a Vale enxergar o potencial do FDMS. A unidade poderá concentrar 30 tph de minério, usando a tecnologia de separação magnética seca com ímãs de terras raras.
“A New Steel coloca a Vale na vanguarda dos investimentos em tecnologia de processamento de minério. Continuaremos buscando soluções que aumentem a segurança de nossas operações”, comentou Marcello Spinelli, diretor executivo da Ferrous.
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70% da produção será proveniente do processamento de umidade seca ou natural, sem adicionar água
Com a New Steel, a Vale estima que, em 2024, 70% da produção será proveniente do processamento de umidade seca ou natural, sem adicionar água ao processo e sem o uso de barragens de rejeitos.
Hoje, a empresa produz 60% de minério de ferro usando processamento de umidade natural. No entanto, até 2024, da produção que utiliza processamento úmido (30%), 16% terão rejeitos filtrados e empilhados a seco. Apenas 14% continuarão usando o método convencional com concentração úmida e disposição de rejeitos em barragens ou locais de extração desativados.
Assim, a empresa investirá US $ 1,8 bilhão em filtragem e empilhamento a seco nos próximos anos. As primeiras unidades a utilizar a técnica serão o complexo Vargem Grande (em Nova Lima), a mina do Pico (em Itabirito), as minas de Cauê e Conceição (em Itabira) e a mina de Brucutu (em São Gonçalo do Rio), todas no Brasil.
Processamento a seco
Vagner Loyola, diretor da cadeia de valor de metais ferrosos, ressalta que a Vale desenvolve tecnologia para aumentar o processamento a seco há anos. Na última década, a empresa investiu quase US $ 17,8 bilhões para implantar e expandir o processamento de umidade seco ou natural do minério de ferro produzido no Brasil. Nos próximos 5 anos, a empresa estima investir US $ 3,1 bilhões em instalações de processamento semelhantes para atingir a meta de 70% da produção seca.
As usinas que utilizam processamento a seco em Minas dependem da disponibilidade de minério de alto teor – cerca de 60% – que pode ser encontrado em algumas minas do estado. Para alcançar a qualidade exigida e ser incluído no portfólio de produtos da Vale, esse minério deve ser misturado com o de Carajás – essa mistura é realizada nos Centros de Distribuição da Vale na China e na Malásia.