O píer do Porto do Cai N’água, no Rio Madeira em Porto Velho, teve a sua interdição realizada na última semana, após fiscalizações do Ministério Público do Trabalho em parceria com o Corpo de Bombeiros. A operação constatou irregularidades referentes a falta de segurança para os trabalhadores, além de moradores da região e passageiros que utilizam o local.
Durante as fiscalizações, os técnicos perceberam que o acesso às embarcações ocorria por meio de pranchas de madeira artesanais e improvisada no Porto do Cai N’água, completamente distantes do que a regulamentação exige. Além disso, os agentes registraram que a área não possui coletes salva-vidas, botes, boias e diversos outros equipamentos de socorro imediato caso alguém caia no rio.
Posteriormente, em nota, o Ministério Público do Trabalho afirmou que a falta de rota de fuga durante eventuais incêndios ou demais casos com necessidade de evacuação, também é um problema para o Porto do Cai N’água. Além disso, foi verificado que no local ainda falta sinalização vertical e horizontal para orientar o trânsito de carros e pedestres, conforme nota dos fiscalizadores.
A atual interdição do Porto do Cai N’água ocorreu para que as obras de reparo sejam feitas, logo, os pontos irregulares devem ser corrigidos, para atender todos os requisitos de segurança. Atualmente, não foi divulgado se há um prazo para finalização das obras, portanto, ainda não há uma data oficial para que o porto volte a funcionar plenamente.
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Paralelamente às obras do Porto do Cai N’água, os trabalhadores que atuam com transporte de cargas estão improvisando um caminho por meio de barrancos para deslocarem as mercadorias dos barcos para Porta Velho, e da capital, através de barcos que ainda atracam próximo ao pier interditado. Embora tenham essa necessidade, as autoridades afirmam que o caminho improvisado não é seguro e pode causar acidentes.
Conheça mais sobre o Porto do Cai N’água
O Porto do Cai N’água é um terminal hidroviário, geralmente utilizado para embarque e desembarque de transporte de cargas e passageiros em Porto Velho. Sua localização é bem estratégica, estando situado na margem direita do Rio Madeira. Anteriormente, em 2017, um problema similar ocorreu com o porto, o que levou a Marinha do Brasil a interditar o local.
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Incidente do Porto do Cai N’água reflete a situação do Rio Madeira
Na última quarta-feira, 3, o nível do Rio Madeira atingiu 3,39 metros em Porto Velho, Rondônia. Os dados foram divulgados pela plataforma do Sipam (Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico). A medida mostra o nível elevado que o rio está passando nos últimos dias, afetando diretamente navegantes e a população local que utiliza os recursos do rio.
No último dia 27, o nível do rio Madeira estava ,49 metros. Antes disso, o menor nível registrado neste ano foi no dia 18 de julho, quando as águas do rio estavam com 3,03 metros. A Capitania Fluvial de Porto Velho publicou uma portaria que visava restringir a navegação em diversos trechos do rio Madeira, na segunda semana do mês de julho.
De acordo com a Marinha do Brasil, que atua na capital, há uma restrição no trecho de Porto Velho à passagem Juruá (AM). Além disso, a portaria também proibiu a navegação noturna de embarcações que possuam colado superior a 2.20m, para a segurança dos tripulantes e da população local.
Dessa mesma forma, também houve proibições diurnas, que variam de acordo com o tamanho da embarcação no rio. Por outro lado, conforme o nível das águas comece a demonstrar que baixou, há o surgimento de bancos de areias, assim como teremos praias às margens do rio.