A gestão atual de Paulo Câmara sobre o Porto de Suape tem recebido diversas críticas. Uma delas ocorreu após o anúncio feito pela dinamarquesa Maersk. A empresa pretende comprar o terminal do Estaleiro Atlântico-Sul. Por isso, Raquel Lyra (PSB), pré-candidata ao governo de Pernambuco, levantou um debate sobre a atual gestão. Segundo ela, uma das razões pela qual o Porto está ‘abandonado’ é pela omissão do governo
Embora considere positiva a proposta realizada pelo grupo, ela afirma que a venda do Estaleiro Atlântico-Sul está inserida num contexto de muitas dificuldades enfrentadas pelo Porto de Suape nos últimos anos. Além disso, ele afirma que os problemas na região são pertinentes ao governo do PSB.
Dessa forma, ela também informou que o cidadão pernambucano sabe da importância do Porto de Suape para a economia do estado, menos o governo de Paulo Câmara. Ela acredita que o governo não foi capaz de coordenar, ou lidar com ações voltadas ao fortalecimento do Porto. Por isso, ela reitera que o Porto de Suape necessita de uma gestão eficiente e voltada para os negócios, dessa forma, será possível cumprir o papel proposto pelo porto.
Outro ponto levantado por Raquel foi o fato do Porto de Suape ter sido administrado por sete presidentes num período de oito anos. Segundo ela, essa realidade aponta uma incapacidade do governo Paulo Câmara de compreender a importância estratégica do empreendimento.
Dessa forma, ela acredita que Suspe foi um triste símbolo para Pernambuco durante a gestão Paulo Câmara. Anteriormente, o local representava esperança e futuro para o estado, mas, atualmente, padece com o abandono, resultado da falta de planejamento e omissão do governo.
Por fim, ela apontou que o Governo do Estado deveria ter se antecipado e feito investimentos em uma nova área para a criação do terminal de uso privado, o que resultaria no fortalecimento das operações existentes do Porto de Suape. Entretanto, devido a omissão do governo, o projeto não foi para frente.
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Porto de Suape recebe sua maior embarcação
O Porto de Suape, situado entre os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, recebeu a maior embarcação da sua história, o navio MSC New Haven.
Basicamente, o navio MSC New Haven é um porta-conteiner de origem portuguesa, com cerca de 333,99 metros de comprimento e 42 metros de largura. O navio, que descarregou 391 contêineres no Porto de Suape, é uma das maiores cargas já recebidas no estado de Pernambuco. Após a operação, que ocorreu no último dia 22, o navio seguiu o seu curso para o Porto de Salvador, na Bahia.
Conforme nota do Porto de Suape, a chegada de embarcações desse tamanho só foi possível após a aprovação da portaria nº 136/19, de dezembro de 2019, que estabeleceu novos parâmetros operacionais, além de requisitos de manobras de navios tipo porta-container. Dessa forma, o atirador poderá receber embarcações com comprimento de até 333,699 metros, e uma largura máxima de 48,99 metros.
Em 2021, a Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) autorizou o Porto a receber, também, outros navios porta-contêineres da classe New Panamax, que é considerado o de maior dimensão da América Latina. O navio possui 366 metros de comprimento e 52 de largura.
Finalmente, o coordenador de operações portuárias do Porto de Suape, Felipe Fonseca, apontou que o Porto está credenciado a ser hub port (porto concentrador de cargas) para atender as regiões Norte e Nordeste, além de contribuir com a capacidade logística do país, somando suas atividades a outros portos Sul/Sudeste com opções logísticas para as companhias de navegação que operam nesses navios.