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R$ 20 bilhões em investimentos podem ser gerados com a privatização de quatro portos públicos

Escrito por Roberta Santiago
Publicado em 17/09/2021 às 12:54
Atualizado em 19/08/2022 às 05:09
Portos – privatizações – investimentos
Porto/ Fonte: Exame

Os leilões dos portos públicos estão previstos para ocorrer até o fim de 2022. Os 4 devem somar R$ 20,2 bilhões em investimentos privados

A privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA), responsável pela administração dos portos de Vitória e de Barra do Riacho, do Porto de São Sebastião, Porto de Santos e Porto de Itajaí, juntos, os 4 portos devem somar R$ 20,2 bilhões em investimentos privados. O mais aguardado é o Porto de Santos, que espera receber R$ 16 bilhões, cuja consulta pública para o leilão está marcada para acontecer em outubro de 2021. Leia ainda: Termelétrica GNA I, localizada no Porto do Açu, entrará em operação hoje após autorização da Aneel

A privatização dos portos públicos

As justificativas do setor privado para as desestatizações são de que os portos acumulam prejuízos devido à pouca eficiência e capacidade gerencial causadas pelo baixo volume de investimentos. de acordo com especialistas, o capital privado será fundamental para tornar a atividade portuária mais dinâmica e melhor o cenário atual, garantindo o desenvolvimento econômico esperado aos setor portuário brasileiro, bem como às regiões em que se encontram.

As possibilidades de leilão dos portos começaram a ser estudadas após o fechamento da Companhia Docas do Maranhão (CODOMAR), que causava R$ 8,4 milhões de gastos por ano aos cofres da União, mesmo sem administrar nenhum porto há 10 anos, segundo dados do Ministério da Infraestrutura. A partir do encerramento da Codomar, o governo federal passou a estudar a desestatização de outras sete docas, que tinham atividades regulares, mas mostravam sinais de ineficiência.

Novos investimentos para o setor

Os benefícios das privatizações serão amplamente sentidos a médio e longo prazos, pois os investimentos que serão feitos ajudarão a reduzir os custos de importação e exportação, através da presença de navios maiores e maior eficiência dos acessos, diz Wagner Cardoso, gerente-executivo de Infraestrutura da CNI.

Segundo a CNI, a CODESA, que pode ser leiloada no início de 2022, investiu apenas 29% dos recursos disponíveis entre 2010 a 2020 em seus portos, valor que totaliza R$ 754 milhões dos R$ 2,6 bilhões que foram autorizados. O processo de privatização da cia doca resultará em um investimento de R$ 783 milhões durante 35 anos de concessão. Já para a concessão do Porto de Itajaí, estão previstos investimentos de R$ 2,8 bilhões, e para a do Porto de São Sebastião, R$ 574 milhões.

Confira também: Governo Federal cria novo programa que aprimorará gestão dos portos públicos

Na última semana o Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura, criou o programa Futuro do Setor Portuário, que reúne uma série de iniciativas para aprimorar a gestão, assegurar a qualidade do serviço prestado e modernizar os terminais portuários brasileiros. A iniciativa é mais um passo importante na promoção da eficiência logística dos portos públicos federais.

O Futuro do Setor Portuário é coordenado pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) e foi lançado pelo secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio, que reconhece as melhores iniciativas do setor. Conforme Sampaio, o programa faz parte da agenda de transformação digital do MInfra e do Governo Federal. A previsão é que o programa criado pelo Governo Federal na última semana intensifique a adoção de medidas de desburocratização dos procedimentos e de capacitação dos gestores, além de investimentos em tecnologia nos setores públicos pelo Brasil.

Diogo Piloni, secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, diz que algumas iniciativas já estão em andamento e outras serão implementadas. Em linhas gerais, são iniciativas para aumentar a competitividade do setor portuário, com a lógica de compartilhamento de responsabilidades e autonomia de gestão, diz Diogo.

Roberta Santiago

Engenheira de Petróleo, pós-graduanda em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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