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Revisão das Forças de Inflação de Fertilizantes dos Portos e Ferrovias do Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 18/07/2022 às 15:09
Atualizado em 14/10/2024 às 16:51
Fertilizantes
Fertilizantes (Reprodução: divulgação)

Atualmente, a forte dependência nacional pelas importações de fertilizantes está contribuindo no processo de modernização de ferrovias, portos e diversos centros de distribuição por todo o Brasil. Neste sentido, os fertilizantes têm sido um dos pilares da cadeia produtiva em vários setores da economia.

Na última década, centenas de milhões de dólares estão sendo investidos para trazer melhorias à infraestrutura logística do Brasil. Os esforços não são a toa: As ações visam transportar mais rapidamente diversos fertilizantes dos portos para as fazendas do interior, independente da distância que eles possuam entre si.

De modo geral, as fazendas produzem a maior parte de café, soja e açúcar do mundo. Portanto, a necessidade pelo abastecimento de fertilizantes da potência agrícola é o foco da ação, especialmente porque a inflação de alimentos tomou conta do Brasil e do mundo.

Entretanto, transportar tais produtos em um país com o tamanho do Brasil não é uma tarefa tão simples. Os agricultores nacionais adquiriram 85% dos seus fertilizantes nos mercados globais. Desde 2017, o uso de fertilizantes cresceu 30%, devido ao aumento da produção. Além disso, o cultivo de grãos em regiões mais distantes, como o Nordeste do Brasil, também passou a ser uma realidade.

Em geral, o transporte dos insumos é feito por caminhões, porém devido ao alto número de colheitas e produtos químicos para transportar a longas distâncias, o sistema fica sobrecarregado.

Por isso, a melhor solução é revitalizar as ferrovias do Brasil. Neste contexto, empresas como a Rum e a VLI estão buscando parcerias com empresas de fertilizantes como Yara International ASA e Mosaic Co., para facilitar o transporte de vagões ferroviários de grãos até os portos para embarque dos fertilizantes no caminho de volta.

Maicon Cossa, vice-presidente comercial da Yara Brasil Fertilizantes, apontou: “De onde saem os grãos, chegam os fertilizantes e estamos trabalhando para simplificar o processo logístico”, sobre a possibilidade dos fertilizantes contribuírem para a economia nacional, ele também pontuou:  “As distâncias são grandes e, se você estiver em um local ruim, está fora do jogo.”

Revisão dos fertilizantes é uma maneira de acelerar a economia nacional

Hoje, o fertilizante é descarregado nos portos através de um método pesado, usando um guindaste que o leva até um navio, depois o deposita em um caminhão, que o transporta até um silo para o embarque final. Com os novos sistemas, será possível usar guindastes móveis e correias transportadoras para mover os produtos diretamente aos silos ou trens.

Entre os investimentos para  modificar o setor, está o novo terminal, estimado em 200 milhões de reais (US$ 37 milhões) da VLI, no Tocantins, que poderá transportar fertilizantes do Porto de Itaqui a 600 milhas de distância. Além disso, o Terminal do Tiplam, no Porto de Santos, está em uma reforma avaliada em 100 milhões de reais (US$ 21 milhões) e transportará diversos produtos químicos até Minas Gerais, a 400 milhas de distância.

Além disso, outros três projetos, no Arco Norte, a nova fronteira agrícola do nordeste brasileira, buscam transformar os embarques de grãos de saída em fertilizantes na viagem de volta. Em Santos, negociações entre Cofco, Rumo e Hidrovias pretendem instalar uma logística compartilhada em seus terminais, o que resultaria numa melhor experiência para transporte de grãos e produtos químicos.

Bracell e ABA Infra: confira as vagas de emprego no Porto de Santos.

O Porto de Santos, o maior do Brasil, pretende reformar a sua ferrovia interna para agilizar os embarques de fertilizantes e, na última semana, obteve aprovação para leiloar um terminal conectado. Como consequência, a capacidade do porto aumentará 49% – cerca de 240 milhões de toneladas por ano até 2040. Dessa forma, os embarques ferroviários deverão aumentar 77%, cerca de 86 milhões de toneladas por ano.

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Bruno Teles

Bruno é aficionado por tudo que envolva assunto naval e seu ofício é entregar informações completas e precisas.

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