A produção industrial fluminense sofreu um impacto negativo após uma situação de otimismo. Conforme O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ), a produção atingiu no mês de junho o maior patamar registrado para 2022 (58,8 pontos), porém, recuou para 55,6 em julho.
Embora o recuo na produção industrial fluminense tenha ocorrido, os empresários continuam otimistas diante do cenário. Isso porque a retração ocorreu devido ao contexto inflacionário, alta de juros e a desaceleração econômica mundial, que impacta diretamente o fornecimento de matérias-primas em todo o planeta.
A análise foi realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Apesar do recuo, a perspectiva para o próximo semestre continua otimista, conforme o índice de Expectativas, que apontou 59,5 em julho, continuando acima da média anual (58,7). O otimismo para os próximos seis meses permanece devido à situação das próprias empresas, que registrou 62,2 pontos somente em julho.
Além disso, as expectativas sobre a economia brasileira – que registrou 54,6 pontos – e em relação ao estado do Rio de Janeiro em relação à produção industrial fluminense, continuam otimistas, apesar da redução na passagem do mês.
- Navio de guerra alemão abate drone em autodefesa próximo ao Líbano
- Bravante busca expansão no setor marítimo enquanto novos investimentos florescem no horizonte energético
- Festival de esportes náuticos em Salvador promete diversão e apoio à luta contra o câncer de mama neste domingo 20
- Especialistas discutem soluções para logística sustentável no Hydrogen Dialogue América Latina
Paralelamente, o Índice de Condições Atuais retornou a uma situação pessimista, após marcar 47.7, abaixo do esperado. A situação se agravou devido a piora na avaliação da economia brasileira, que perdeu 6,8 pontos de um mês para o outro.
Além disso, o nível de confiança em relação ao estado marcou 44,7, continuando abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo décimo primeiro mês consecutivo. Enquanto isso, a percepção sobre as condições das empresas retornou a uma realidade pessimista, logo após três meses de confiança em alta.
Produção industrial fluminense foi afetada pela escassez e custo das matérias-primas
Pelo oito mês consecutivo, a falta de matéria prima ocasionou um aumento nos custos da produção industrial fluminense, o que se tornou o maior problema enfrentado no setor. Inclusive, a alta superou a elevada carga tributária que, historicamente, sempre foi o maior entrave no desenvolvimento do setor. Os dados foram apresentados na Sondagem Industrial Regional fluminense do 2º trimestre de 2022, elaborada pela Firjan.
Diante desses impasses, a produção industrial fluminense obteve queda em junho, após considerável estabilidade. Neste sentido, o volume de produção da Sondagem Industrial caiu de 50,5 pontos em maio para 47,7 pontos em junho.
Essa situação foi influenciada diretamente pelo recuo na produção das empresas de pequeno e médio porte. Por outro lado, as grandes empresas fluminenses se mantiveram estáveis.
Nesta perspectiva, também foi apontado o indicador de número de empregados, que continuou abaixo da linha dos 50 pontos pelo oitavo mês seguido – marcando 49 pontos no trimestre. Sobre a redução no volume de produção, a constante utilização da capacidade instalada dos industriais fluminenses voltou a crescer no encerramento do segundo trimestre, marcando 67%.
O resultado é superior ao observado no mesmo período de 2021, onde marcou 65%. Além disso, o nível de estoques finais das empresas, independente do porto, também ficou abaixo do planejado pelos empresários. Tal situação ocorreu devido às dificuldades com insumos e a crise que impacta a cadeira industrial mundial.
Cattalini fecha primeiro semestre consolidando sua posição como terminal multiproduto.
Conheça um pouco sobre a Firjan
A Firjan cria e coordena estudos, pesquisas e projetos para orientar ações de promoção industrial e novos investimentos no estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, os conselhos empresariais temáticos e fóruns empresariais setoriais costumam discutir tendências e lançar diretrizes para ações de apoio e assessoria às empresas fluminenses.
Atualmente, mais de 100 sindicatos industriais fluminenses são filiados à Firjan, o que representa mais de 10 mil empresas de todo o estado do Rio de Janeiro.