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Petrobras irá aproveitar momento de conflito entre Rússia e Ucrânia para expandir a exportação de petróleo para a Europa, com foco no pré-sal

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/03/2022 às 09:02
Atualizado em 19/08/2022 às 05:08
Em meio ao momento de conflitos diretos entre a Rússia e a Ucrânia, a Petrobras achou uma boa oportunidade para expandir a exportação de petróleo para a Europa, focando nas operações com o pré-sal
Em meio ao momento de conflitos diretos entre a Rússia e a Ucrânia, a Petrobras achou uma boa oportunidade para expandir a exportação de petróleo para a Europa, focando nas operações com o pré-sal. Fonte: Reprodução

Em meio ao momento de conflitos diretos entre a Rússia e a Ucrânia, a Petrobras achou uma boa oportunidade para expandir a exportação de petróleo para a Europa, focando nas operações com o pré-sal

O momento atual para o mercado internacional está bastante tenso, em razão do conflito entre Ucrânia e Rússia, e a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) comentou nesta última quarta-feira, (09/03), sobre a alta nas vendas do exterior. Assim, a Petrobras vê um caminho favorável para expandir a exportação de petróleo, com foco no pré-sal, para a Europa nestes próximos meses.

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Vendas de petróleo no exterior aumentam e Petrobras irá focar nas operações do pré-sal para expandir a sua exportação de petróleo na região da Europa

O mercado internacional se encontra bastante abalado devido aos conflitos que vêm acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia, mas essa tensão também abriu portas para uma outra parcela dos países, principalmente os exportadores de petróleo. Com a tensão internacional, a exportação de petróleo brasileiro aumentou bastante. 

Os dados de fevereiro mostram que houveram altas nas vendas de petróleo, principalmente para a China, a maior compradora, somando 41,4% no total, seguida dos EUA (12,1%), Chile (7,6%), Espanha (7,1%), Portugal (7%) e Coreia do Sul (6,9%). Assim, José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB, comentou que “Nos dois primeiros meses deste ano, a exportação de petróleo do Brasil em volume subiu 40%. O mesmo ocorreu com óleo combustível, cujo volume embarcado teve alta de 224%. E isso tudo ocorreu em um momento de alta nos preços, cuja tendência é de aumento. Teoricamente, o aumento nos preços traz oportunidades de mercado com os possíveis embargos”.

Dessa forma, a Petrobras vem encontrando novas oportunidades para expandir ainda mais a sua exportação do recurso, uma vez que a estatal tem um volume excedente de 500 mil a 600 mil barris diários de petróleo, o suficiente para que ela consiga novas operações milionárias com os países em questão. Com isso, a ideia é garantir o abastecimento do mercado interno e permitir um ganho financeiro neste momento, mas dentro dos limites técnicos e de segurança operacional da estatal.

Pré-sal será o novo foco da Petrobras em relação à exportação de petróleo para o mercado da Europa durante os conflitos entre Rússia e Ucrânia

Entre as operações que a Petrobras está desenvolvendo para expandir os seus negócios em meio ao conflito atual, a exportação do petróleo é a principal delas, com foco no pré-sal. Esse tipo de petróleo tem baixo teor de enxofre, e é considerado de boa qualidade no mercado internacional por ser mais “leve”, sendo o essencial para a exportação com destino à Europa, enquanto a estatal pretende importar petróleo mais barato, com alto teor de enxofre, tido como “mais pesado”, para fazer o refino e a utilização em larga escala no Brasil.

Assim, a companhia está cada vez mais investida nessa expansão para a Europa e as negociações estão ocorrendo de forma diária, sendo feitas com base no preço de mercado (spot). Apesar disso, a estatal está mantendo todas as negociações em aberto, uma vez que novas oportunidades para a exportação do produto podem surgir e o foco no pré-sal pode ser alterado, dependendo da demanda e das oportunidades que estejam aparecendo para a empresa. 

Por fim, a Petrobras pretende utilizar os campos de pré-sal, que são considerados de boa qualidade no mercado internacional, no processo de diversificação dos destinos de exportação, com foco principalmente no mercado da Europa, uma vez que os conflitos atuais tornaram as cadeias de exportação e importação cada vez mais frágeis nesse continente, um cenário favorável para a atuação da estatal.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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