O Gás Natural Liquefeito – GNL consiste no gás natural que após purificado é condensado ao estado líquido devido a redução da sua temperatura a -163ºC.
A liquefação do Gás Natural Liquefeito – GNL consiste em processos termodinâmicos que promovem a mudança de estado do gás para líquido. A liquefação do Gás Natural permite estocá-lo e transportá-lo sob uma forma condensada em condições técnico-econômicas viáveis. Por pesar menos que 500 kg/m³ o mesmo não necessita de uma estrutura mais forte do que se fosse para água.
Atualmente o GNL é uma alternativa para a diversificação da oferta no país. A oferta flexível do GNL abre a possibilidade do fornecimento de qualquer parte do planeta para atender a demanda no país, o país conta atualmente com 4 terminais de regaseificação, portanto, há novos projetos saindo do papel. Um dos mais avançados é o Terminal de GNL de Porto do Açu localizado no litoral Norte Fluminense, que possui capacidade de 21 milhões de m³/d. Esse projeto pertence ao GNA, consórcio formado pela Prumo Logística, BP Energy e Siemens.
Impacto da pandemia e atraso das obras
A pandemia da COVID-19 impactou no atraso das obras desse projeto, portanto, o cronograma de inauguração da usina térmica GNA 1 está mantido para este ano (2021). A Golar Power opera uma Unidade de Armazenamento e Regaseificação em Porto Sergipe. Além disso a empresa participou também da construção de um novo terminal em Barcarena no Pará onde o terminal terá capacidade de regaseificar até 20 milhões de m³/d e armazenar até 170 mil m³ de GNL, espera-se que o início dessa obra tenha início em 2021.
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O objetivo é concluir a construção da usina e iniciar a comercialização do GNL no primeiro semestre de 2022 e para isso a empresa já conta com grandes clientes, assim como a distribuidora Gás do Pará e a Alunorte. Outro projeto é a construção e um terminal de regaseificação na Baía de Babitonga em São Francisco do Sul em Santa Catarina, chamado de Terminal Gás Sul que ainda está em fase de licenciamento ambiental, portanto, a empresa pretende iniciar a operação comercial em 2022 oferecendo 15 milhões de m³/d aumentando assim 40% na oferta de gás no Sul do país.
Apesar do cenário de incerteza enquanto a construção de uma usina térmica da Engie com 600 MW a Golar considera que o TGS seria sustentável mesmo que a unidade de geração térmica não saia tão fácil do papel ou até mesmo nem saia. Porém, o mesmo não poderia ter sido dito na construção de um terminal de GNL no Sul do país, no litoral do Paraná. O projeto está ainda em fase de estudo pela Copel em consórcio com investidores privados. O projeto prevê a construção de um terminal de regaseificação ancorado em uma usina térmica a gás natural.
GNL e distribuição em pequena escala
Alternativas como a monetização do GNL é a distribuição em pequena escala, segmento em que no qual a empresa Golar vem se destacando com suas iniciativas de distribuição por cabotagem, a importação de 100 mil m³/d de GNL da Argentina para atender indústrias e postos de combustíveis no Sul do país ou a introdução do GNL como combustível alternativo no transporte pesado. A distribuição de GNL encontra um cenário negativo devido à alta do dólar e também a cesta de formação de preço desfavorável.
Portanto, mesmo com todos os fatores econômicos todos os projetos continuam ativos e o GNL tem um papel importante no desenvolvimento da economia e do mercado nacional de gás natural, contribuindo com a construção de um mercado livre e diversificado.
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