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Japão toma decisão estratégica ao implantar mísseis de longo alcance em Kyushu, perto de Taiwan. Com as tensões aumentando, a medida visa fortalecer a segurança regional em meio a um possível confronto.
O Japão vive um momento de crescente tensão geopolítica. Embora tenha sido considerado um pilar de estabilidade na região por décadas, o país agora enfrenta desafios externos.
Recentemente, o país anunciou um plano estratégico para posicionar mísseis de longo alcance em território japonês.
Esse movimento reflete uma necessidade urgente diante das crescentes tensões com a China, que considera Taiwan parte inalienável de seu território.
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A instalação dos mísseis em Kyushu, uma das principais ilhas do Japão, marca um novo capítulo na segurança do país.
O plano de implantação dos mísseis de longo alcance
De acordo com a matéria da veja, fontes do governo japonês indicam que a implantação começará oficialmente no final de março de 2026.
O Japão escolheu Kyushu, no sudoeste do país, para abrigar os mísseis devido à sua localização estratégica perto da China e de Taiwan.
Essa escolha se baseia em seu papel central nas rotas comerciais do Mar da China Oriental.
O Japão pretende não só fortalecer sua defesa, mas também responder ao aumento das tensões no estreito de Taiwan, que cresce cada vez mais.
Autoridades japonesas acreditam que a medida é essencial para manter a segurança nacional em face da crescente ameaça militar na região.
Contudo, as implicações internacionais não podem ser ignoradas, já que a instalação dos mísseis poderá provocar reações por parte de países vizinhos.
O Japão ainda está avaliando as opções para o posicionamento dos mísseis.
Yufu, na província de Oita, e Kumamoto são as duas alternativas consideradas.
A ameaça chinesa e o aumento das tensões no Pacífico
A China mantém uma postura firme sobre Taiwan, tratando-a como parte inseparável de seu território.
Qualquer tentativa de independência seria vista como uma ameaça direta à soberania de Pequim.
Assim, o Japão, aliado dos Estados Unidos, se posiciona contra qualquer ação militar da China em Taiwan, o que inevitavelmente eleva a tensão na região.
Nos últimos anos, o Japão tem se concentrado em reforçar a segurança de suas ilhas do sudoeste.
Essas ilhas formam a chamada primeira cadeia de ilhas, que se estende do Japão até as Filipinas.
Essa linha é crucial para conter a expansão militar da China no Pacífico.
Ao posicionar mísseis de longo alcance em Kyushu, o Japão se posiciona firmemente nesse bloco de defesa, sinalizando para a China sua disposição em proteger suas fronteiras.
Em novembro de 2024, a Kyodo News informou que os EUA planejavam posicionar tropas e lançadores de foguetes HIMARS nas ilhas Nansei, além de colocar mísseis de longo alcance nas Filipinas.
Esses movimentos demonstram o alinhamento estratégico entre Japão, EUA e as Filipinas, enquanto tentam contrapor a crescente influência militar da China.
O tipo de míssil e suas capacidades militares
O Japão implantará versões modernizadas do Type 12, mísseis de lançamento terrestre que originalmente visavam alvos navais.
Agora com um alcance de 1.000 quilômetros, esses mísseis poderão atingir não apenas as costas da China continental, mas também da Coreia do Norte.
A instalação desses mísseis visa ampliar a capacidade de resposta do Japão a ameaças externas, proporcionando uma defesa mais robusta para suas ilhas.
Com essa medida, o Japão busca desencorajar qualquer ação militar contra seu território antes que ela ocorra.
A modernização das defesas, especialmente com a implantação dos mísseis de longo alcance, é vista como uma forma de o país reforçar sua postura preventiva, enquanto mantém o equilíbrio na região.
As autoridades enfatizam que a instalação dos mísseis não tem como objetivo provocar qualquer confronto, mas sim fortalecer a segurança do Japão contra ameaças emergentes.
Reação da China e o impacto nas relações internacionais
A China reagiu prontamente ao anúncio da implantação dos mísseis de longo alcance.
Pequim condenou a medida, considerando-a uma ameaça direta à sua soberania.
A China vê qualquer ação do Japão que envolva Taiwan como uma violação de sua integridade territorial.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, alertou que o Japão deve evitar interferir nos assuntos de Taiwan.
Segundo ela, qualquer movimento do Japão nesse sentido prejudicará ainda mais os laços diplomáticos já frágeis entre os dois países.
A China continua a enfatizar o princípio da “uma só China”, que rege suas relações com outros países.
Além disso, Pequim tem advertido que quaisquer ações militares na região terão consequências negativas.
O Japão, ao posicionar mísseis perto de suas fronteiras, deve esperar um aumento nas tensões diplomáticas com a China, que vê essas medidas como uma provocação direta.
De acordo com especialistas, Pequim continuará a monitorar de perto a situação e a responder conforme necessário para proteger seus interesses na região.
