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Transferências em navios tanques no meio do oceano Atlântico, pela Rússia e China, um jogo comercial de grandes oportunidades, como também de alto risco

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 30/07/2022 às 15:34
Atualizado em 14/10/2024 às 16:51
Transferências em navios tanques
Transferências em navios tanques (Reprodução: divulgação)

Donos de navios estão apostando e assumindo riscos por uma chance de maior faturamento com o novo hub que está ocorrendo: realizando a transferências em navios tanques no meio do oceano Atlântico. Entre abril, uma companhia ainda desconhecida da China realizou a aquisição de 5 navios-tanque que estão ocupando o centro das operações. 

Desse modo, a companhia pode realizar a execução dos navios registrando em nomes diferentes de empresas, porém todos estão em endereços iguais. Portanto, a mesma empresa desconhecida adquiriu 5 navios velhos VLCC (Very Large Crude Carrier) nesses últimos meses. Esses estão ocupando o foco de um novo centro de transferência de navio para os navios que trabalham com o petróleo russo que sofreu uma alta no Oceano Atlântico. Desse modo, algumas dúvidas surgiram sobre o quão seguro está, devido à falta de supervisão no momento.

É notado que a supervisão regulatória e a supervisão técnica ocorrem com baixa frequência visto ao alto risco. Ademais, possui todo uma logística para a situação, visto que está é necessário devido as cargas de petróleo nos navios tanques que tem como rota da Rússia para a China. Sendo assim, está ocorrendo um rastreio desses navios pela Lloyd que começou esse trabalho no início de junho.

Assista o exemplo de uma operação similar realizado no Porto de Suape

Ship To Ship operation (Operação de Navio para Navio) – Via Canal do Paulo Gomes

Portanto, a Lloyd já rastreou no mínimo 12 navios tanque que estão realizando essa rota e recebendo a transferência ou o próprio petróleo russo. Ademais, antes esses eram carregados no Mar Negro ou nos portos Bálticos que ficam a uma distância de 860 milhas náuticas a oeste do litoral de Portugal. Esses navios que estão sendo rastreados, estão navegando não apenas para a China.

— ARTIGO CONTINUA ABAIXO —

Saiba mais sobre os navios rastreados pela Lloyd

Desse modo, foi observado que os navios rastreados VLCCs e Suezmaxes estão indo não apenas para China. Como também para a Malásia ou para Cingapura para realizarem as transferências STS (Ship to ship) nas águas desses dois países. Ademais, foi identificado que houve o fretamento de grande parte desses navios tanques que realizavam o carregamento na Rússia (Primorsk e UST-LUGA) por Gazprom e Lukoil.

A análise de dados realizou a identificação dessas informações. Ademais, também é provável que outra dúzia de navios tanque também realizaram as mesmas operações no último um mês e meio. No entanto, desligaram os sinais do sistema para que não ocorresse detecção por meio da identificação automática. Porém isso não significa que tenham ido contra alguma lei.

Segundo o membro Alex Glykas da empresa Dynamarine que trabalha realizando a instrução e aconselhando donos de navios que participam das transferências em navios tanques de missões, que essa situação é como um jogo comercial. São mais de 1.300 navios por ano que realizam as missões seguindo os conselhos da Dynamarine. Ademais, todo o modo como as situações ocorrem e a falta de fiscalização contribui para esse jogo comercial.

Leia mais: A empresa Thyssenkrupp, uma das mais importantes empresas do setor naval, está com vagas abertas para Operador de Máquina e Soldador; confira as oportunidades.

Desse modo, quem prefere correr riscos e não liga para a fiscalização pode ter a chance de faturar e garantir boas oportunidades. Pois, há comerciantes que estão ao lado deles e dão forças para essas atitudes. Já se sabe que esse jogo de transferência entre os navios que ocorre no meio do oceano Atlântico possui um alto risco e é uma novidade. Ademais, nunca antes tinha sido visto esse tipo de transferência.

Ainda, segundo o Glykas não há sentido nesse tipo de transferência. Visto que há uma rede global de fornecedores de STS dentro da legalidade, porém nenhum deles realiza trabalhos nessa região.

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Bruno Teles

Bruno é aficionado por tudo que envolva assunto naval e seu ofício é entregar informações completas e precisas.

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