Incidente naval reacende alerta sobre disputas territoriais e risco de escalada entre Taiwan e China
Um navio de guerra de Taiwan colidiu com uma traineira de pesca da China no Estreito de Taiwan. O caso ocorreu pouco depois da meia-noite do dia 27 de março, horário local. A Marinha de Taiwan confirmou que ninguém ficou ferido.
Segundo a nota oficial, a embarcação taiwanesa era um navio de desembarque de tanques da classe Chung Ho. Ela colidiu com o barco de pesca chinês Minlianyu 61756 a 45 milhas náuticas de Taichung, na costa noroeste de Taiwan. O ponto exato estava nove milhas fora das águas consideradas restritas.
A Guarda Costeira foi chamada imediatamente para investigar. A Marinha afirmou que os danos não afetaram a segurança da navegação. O motivo da colisão ainda não foi informado.
-
Navalshore 2025 bate recordes e promete revolucionar o setor naval brasileiro
-
Marinha e UFRJ lideram revolução energética: Brasil aposta alto em energia nuclear no mar com reatores modulares que podem transformar plataformas offshore e submarinos
-
Brasil encurta o oceano: nova rota direta com a China reduz pela metade o tempo de transporte e muda o jogo do comércio global brasileiro!
-
Gigante dos mares de 6,5 bilhões: Norwegian Aqua redefine o conceito de cruzeiro de luxo com montanha-russa aquática e experiências incríveis!
Barcos chineses rondam área com frequência
O navio taiwanês envolvido é usado para transporte de tropas, equipamentos e apoio a missões anfíbias. Tem 171 metros de comprimento, pode atingir até 20 nós e está equipado com armamentos como canhões de 40 mm e sistema Phalanx de tiro rápido.
A Marinha não revelou o que a embarcação fazia no momento da colisão. Por outro lado, a presença de barcos de pesca chineses em áreas próximas a Taiwan tem sido constante. Muitos invadem zonas consideradas soberanas por Taipei.
Nos últimos meses, cresceram as suspeitas de que embarcações civis chinesas estariam sendo usadas para espionagem. Parte da imprensa especulou se o barco de pesca atingido teria esse tipo de função.
China reage com críticas e nega acusações
Autoridades chinesas responderam com críticas. Um porta-voz do Conselho de Estado da China chamou o caso de “comportamento vil” por parte de Taiwan. Já o Ministério da Defesa chinês disse que ainda busca entender melhor o ocorrido, mas rejeitou o que chamou de “especulação maliciosa”.
O governo taiwanês, por sua vez, tem intensificado o monitoramento de embarcações suspeitas. Recentemente, acusou navios de carga chineses de danificar cabos submarinos. Também afastou um navio de pesquisa que estaria lançando instrumentos em área restrita.
Nesta semana, Taiwan deteve uma barcaça de combustível chinesa sem nome, porto ou documentos. A Marinha diz que vai seguir rastreando e revistando embarcações suspeitas em cooperação com a Guarda Costeira.