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Redução no preço dos fretes trará mais movimentação de carga nos portos brasileiros

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 07/02/2022 às 13:29
Os preços dos fretes estão mais baixos neste início de 2022 e a movimentação de carga nos portos será a principal beneficiada, com empresas de logística bastante otimistas em relação ao ano
Os preços dos fretes estão mais baixos neste início de 2022 e a movimentação de carga nos portos será a principal beneficiada, com empresas de logística bastante otimistas em relação ao ano. Fonte: Divulgação

Os preços dos fretes estão mais baixos neste início de 2022 e a movimentação de carga nos portos será a principal beneficiada, com empresas de logística bastante otimistas em relação ao ano

Apesar do ano de 2021 ter apresentado grandes altas nos preços dos fretes, o início de 2022 vem com uma queda nesses valores e novas projeções para a movimentação de carga nos portos mundiais. Assim, para esta sexta-feira, (04/02), a expectativa é que as empresas de logística sejam bastante beneficiadas com esses valores e que boa parte do ano de 2022 siga com esses bons números.

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Desde o início da pandemia do covid-19, durante o ano de 2020, o mercado global se encontra bastante instável em diversos aspectos, entre eles, o setor de portos. Isso acontece pois a movimentação de carga nos complexos internacionais foi bastante afetada com os altos custos na logística dos fretes, uma vez que o preço do transporte do contêiner de importação chegou a cerca de US$ 12,500 no final de 2021, o que levou a muitas empresas tomarem decisões difíceis em relação às suas operações no segmento. 

Apesar disso, o ano de 2022 iniciou com uma baixa nos preços dos fretes, beneficiando esse segmento e, em relação a esses índices, José Roberto Costa, gerente de Logística da Vendemmia Logística Integrada, ressaltou que “A partir do começo janeiro o cenário mudou, notamos os fretes mais baixos e a facilidade de conseguir espaço em relação ao que já vimos num passado muito próximo. Conseguimos fechar fretes na casa dos US$ 9 mil, o que é bem abaixo dos praticados em dezembro. Outro fato que nos surpreendeu foi a rapidez com que isso mudou. Agora, estamos embarcando no tempo que os clientes precisam e repassando a baixa de preços para eles”.

A entrada de dois novos armadores, Hyundai e EShipping, com novas operações que ajudaram no escoamento de cargas que aguardavam embarque, foi o principal motivo para que esses valores chegassem a números tão baixos durante esse início de 2022, favorecendo as empresas de logística em relação às operações de movimentação de carga no mercado internacional. 

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As projeções em relação à queda nos preços dos fretes internacionais seguem bastante otimistas, principalmente se tratando da importação do mercado chinês, uma vez que a corrida por embarques devido à paralisação das indústrias no feriado do Ano Novo Chinês, que acontecerá na primeira semana de fevereiro, deverá impulsionar uma queda ainda maior para os preços dos fretes, garantindo assim custos mais baixos para os portos brasileiros realizarem operações de movimentação de carga, buscando novos produtos para o mercado nacional. 

Além disso, José Roberto Costa ressalta o grande boom que acontece nos valores durante os meses de abril e maio, nos quais as empresas, especialmente varejistas, intensificam suas compras de abastecimento para o segundo semestre, visando o comércio aquecido de datas como dia das crianças, black friday e compras de final de ano. Assim, os valores tendem a subir novamente, como aconteceu periodicamente nos últimos anos, exceto em 2021, que foi atípico, com preços altos e falta de espaço em contêineres do começo ao fim.

Outro ponto essencial nessas projeções é que, em razão desses valores, alguns portos brasileiros estão intensificando as operações e batendo recordes na movimentação de carga, como aconteceu com os portos de Santa Catarina e Santos e deve seguir acontecendo com diversos outros complexos nacionais.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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