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Os incríveis projetos para transportador de CO₂ e armazenamento flutuante usando pressão elevada

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 28/03/2025 às 18:14
transportador
(NYK)

Em resposta ao desafio global das emissões de carbono, cientistas e engenheiros estão desenvolvendo projetos que utilizam transportadores marítimos e estruturas flutuantes para armazenar CO₂ sob alta pressão.

A KNCC deu mais um passo no setor de captura e armazenamento de carbono (CCUS). A empresa recebeu a Aprovação em Princípio da ClassNK para projetos inovadores que unem navios transportadores e unidades flutuantes de armazenamento de CO2.

Navios e unidades flutuantes com pressão elevada

A proposta da KNCC envolve o uso de navios para transportar dióxido de carbono liquefeito (LCO2) e uma instalação flutuante chamada FLSU, que armazenaria o CO2 antes do transporte final.

Ambos os projetos funcionam com o método de pressão elevada, que mantém o CO2 estável em temperatura ambiente.

Isso reduz a necessidade de resfriamento extremo, o que pode baratear o processo e facilitar a operação.

O tanque de carga LCO2-EP, desenvolvido pela Knutsen, suporta temperaturas entre 0 e 10 °C e pressões de até 45 barG.

Essa tecnologia está sendo analisada desde dezembro de 2024, com estudos de construção já em andamento para os navios.

Parceria amplia possibilidades

A joint venture entre NYK e Knutsen começou em janeiro de 2022, com o objetivo de criar um sistema de transporte marítimo de CO2.

Para superar os desafios de custo e infraestrutura, a aposta foi integrar o tanque LCO2-EP com o processo de liquefação desenvolvido em parceria com a ENEOS Xplora.

Esse processo, chamado de Isenthalpic Expansion Cooling & Liquefaction, permite construir a planta de liquefação diretamente em uma unidade flutuante.

Segundo as empresas, o novo método é mais simples e compacto do que os sistemas tradicionais de resfriamento.

A ClassNK avaliou e aprovou o conceito, destacando o potencial da solução flutuante para facilitar a cadeia de valor do CCUS e reduzir o uso de áreas em terra para instalação.

O projeto da KNCC surge num momento de aceleração do setor. A joint venture Northern Lights, liderada por Shell, Equinor e TotalEnergies, começará as operações comerciais neste verão.

Dois navios já foram entregues, e uma expansão foi anunciada hoje, 27 de março. A capacidade saltará de 1,5 milhão para pelo menos 5 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Enquanto isso, Reino Unido e Dinamarca veem crescimento no interesse por locais de armazenamento. Na Europa, a Royal Wandborg também atingiu um marco com o navio EasyMax, o primeiro transportador de CO2 do continente.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista com mais de uma década de experiência, especializado na cobertura de temas estratégicos como indústria naval, tecnologia, economia, geopolítica, setor automotivo, energia renovável e política. Desde 2015, atuo em grandes portais de notícias, com destaque especial para reportagens e análises sobre o setor naval, acompanhando de perto as tendências, desafios e inovações da indústria marítima nacional e internacional.

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