Em resposta ao desafio global das emissões de carbono, cientistas e engenheiros estão desenvolvendo projetos que utilizam transportadores marítimos e estruturas flutuantes para armazenar CO₂ sob alta pressão.
A KNCC deu mais um passo no setor de captura e armazenamento de carbono (CCUS). A empresa recebeu a Aprovação em Princípio da ClassNK para projetos inovadores que unem navios transportadores e unidades flutuantes de armazenamento de CO2.
Navios e unidades flutuantes com pressão elevada
A proposta da KNCC envolve o uso de navios para transportar dióxido de carbono liquefeito (LCO2) e uma instalação flutuante chamada FLSU, que armazenaria o CO2 antes do transporte final.
Ambos os projetos funcionam com o método de pressão elevada, que mantém o CO2 estável em temperatura ambiente.
-
Navalshore 2025 bate recordes e promete revolucionar o setor naval brasileiro
-
Marinha e UFRJ lideram revolução energética: Brasil aposta alto em energia nuclear no mar com reatores modulares que podem transformar plataformas offshore e submarinos
-
Brasil encurta o oceano: nova rota direta com a China reduz pela metade o tempo de transporte e muda o jogo do comércio global brasileiro!
-
Gigante dos mares de 6,5 bilhões: Norwegian Aqua redefine o conceito de cruzeiro de luxo com montanha-russa aquática e experiências incríveis!
Isso reduz a necessidade de resfriamento extremo, o que pode baratear o processo e facilitar a operação.
O tanque de carga LCO2-EP, desenvolvido pela Knutsen, suporta temperaturas entre 0 e 10 °C e pressões de até 45 barG.
Essa tecnologia está sendo analisada desde dezembro de 2024, com estudos de construção já em andamento para os navios.
Parceria amplia possibilidades
A joint venture entre NYK e Knutsen começou em janeiro de 2022, com o objetivo de criar um sistema de transporte marítimo de CO2.
Para superar os desafios de custo e infraestrutura, a aposta foi integrar o tanque LCO2-EP com o processo de liquefação desenvolvido em parceria com a ENEOS Xplora.
Esse processo, chamado de Isenthalpic Expansion Cooling & Liquefaction, permite construir a planta de liquefação diretamente em uma unidade flutuante.
Segundo as empresas, o novo método é mais simples e compacto do que os sistemas tradicionais de resfriamento.
A ClassNK avaliou e aprovou o conceito, destacando o potencial da solução flutuante para facilitar a cadeia de valor do CCUS e reduzir o uso de áreas em terra para instalação.
O projeto da KNCC surge num momento de aceleração do setor. A joint venture Northern Lights, liderada por Shell, Equinor e TotalEnergies, começará as operações comerciais neste verão.
Dois navios já foram entregues, e uma expansão foi anunciada hoje, 27 de março. A capacidade saltará de 1,5 milhão para pelo menos 5 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Enquanto isso, Reino Unido e Dinamarca veem crescimento no interesse por locais de armazenamento. Na Europa, a Royal Wandborg também atingiu um marco com o navio EasyMax, o primeiro transportador de CO2 do continente.