A Marinha do Brasil tem se destacado no cenário internacional ao treinar novos Fuzileiros Navais em São Tomé e Príncipe. O 8º Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais fortaleceu a segurança marítima do país africano e reforçou a parceria Brasil-África. Agora, 13 novos combatentes anfíbios estão prontos para atuar em cenários de combate complexos.
Quando falamos em cooperação internacional no âmbito militar, um dos exemplos mais notáveis vem da Marinha do Brasil (MB).
Em uma demonstração de sua expertise e compromisso com a segurança global, a MB tem contribuído diretamente para o fortalecimento das forças armadas de países além das fronteiras brasileiras.
Um exemplo recente dessa colaboração foi a atuação do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) do Brasil na capacitação de militares em São Tomé e Príncipe, um país africano localizado no Golfo da Guiné.
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A presença da Marinha do Brasil em São Tomé e Príncipe é parte de um esforço contínuo para promover a segurança regional no continente africano, além de reforçar a parceria estratégica entre os dois países.
A colaboração internacional e o 8º Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais
A Marinha do Brasil, por meio da Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe (MANBrSTP), iniciou em outubro de 2024 a sua colaboração com o governo são-tomense, oferecendo apoio técnico e treinamento especializado.
O curso, denominado 8º Curso de Formação de Soldado Fuzileiro Naval (CFSDFN), teve início no dia 30 de outubro de 2024 e foi concluído com êxito em 19 de março de 2025.
Durante o curso intensivo de 16 semanas, os participantes receberam uma formação robusta que abrangeu desde operações anfíbias até estratégias de combate em ambientes desafiadores.
O objetivo era não apenas treinar os novos recrutas para defender seu território, mas também proporcionar a eles as habilidades necessárias para integrar uma força de defesa mais capacitada e preparada para atuar em diversas situações de segurança nacional.
Ao final do treinamento, 13 novos Fuzileiros Navais foram formados e agora fazem parte da Unidade de Fuzileiros Navais de São Tomé e Príncipe, o que representa uma grande conquista para o país.
O papel da Marinha do Brasil no treinamento e na transferência de conhecimento
O suporte da Marinha do Brasil foi decisivo para o sucesso do curso.
O treinamento incluiu instruções práticas sobre Operações Anfíbias, Ações Básicas de Abordagem, Armamento e Tiro, além de tópicos fundamentais como Instrução Básica de Combate.
Estas são habilidades essenciais para os militares da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, especialmente no contexto de um território insular, onde a proteção das águas territoriais é um dos maiores desafios.
A atuação da Missão de Assessoria Naval do Brasil foi realizada por meio do Grupo de Assessoramento Técnico de Fuzileiros Navais do Brasil em São Tomé e Príncipe (GAT-FN-STP).
Esse grupo foi responsável por conduzir as sessões de treinamento, fornecendo aos instrutores locais as técnicas e conhecimentos necessários para a formação dos novos fuzileiros.
Além da capacitação técnica, o apoio da Marinha do Brasil também envolveu um processo contínuo de transferência de conhecimento, permitindo que os instrutores de São Tomé e Príncipe se tornassem mais autossuficientes ao conduzir futuros treinamentos.
O impacto da formação na segurança nacional de São Tomé e Príncipe
A missão brasileira em São Tomé e Príncipe não se limitou apenas ao treinamento.
Ela teve um impacto profundo na segurança nacional e no fortalecimento das forças armadas do país africano.
A Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, que tem a responsabilidade de proteger as águas territoriais e garantir a segurança marítima, agora conta com uma força de combate melhor treinada, mais preparada e apta a responder a diferentes cenários de risco.
O Capitão de Fragata Daniel Junior Silva da Costa, chefe da Missão de Assessoria Naval do Brasil em São Tomé e Príncipe, destacou a importância desse treinamento como um marco no processo de fortalecimento da capacidade operativa da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe.
Segundo ele, a colaboração entre os dois países tem sido fundamental para o desenvolvimento das forças de defesa locais, promovendo um intercâmbio contínuo de conhecimento e experiências.
Esse fortalecimento não apenas melhora a capacidade operacional das forças locais, mas também reafirma a soberania de São Tomé e Príncipe.
Além disso, a parceria tem um significado estratégico, uma vez que o Golfo da Guiné é uma área de grande importância geopolítica.
Fortalecendo laços e ampliando horizontes
A cooperação entre Brasil e São Tomé e Príncipe é apenas um exemplo de como o Corpo de Fuzileiros Navais tem se engajado internacionalmente, contribuindo para a segurança global e fortalecendo relações com países aliados.
O compartilhamento de conhecimento militar e o desenvolvimento de capacidades locais são passos essenciais para a expansão da presença do Brasil no cenário internacional, especialmente em áreas estratégicas.
Além disso, as capacitações realizadas pela Marinha do Brasil geram oportunidades de empregos especializados não só para os brasileiros envolvidos, mas também para os militares de São Tomé e Príncipe, que passam a contar com novos conhecimentos e novas perspectivas de atuação no setor de defesa.
A colaboração entre os dois países também está alinhada com os interesses geopolíticos e estratégicos do Brasil, que busca consolidar sua presença no Golfo da Guiné e fortalecer a sua atuação em temas de segurança marítima.