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Lloyd’s e Marsh definem acordo para atuar no Mar Negro e pretendem segurar cereais em até 50 milhões por carga

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 01/08/2022 às 15:38
Atualizado em 14/10/2024 às 16:51
Lloyd’s e Marsh
Lloyd’s e Marsh (Reprodução: divulgação)

As empresas  Lloyd’s e Marsh pretendem segurar os portos e modificar o setor naval mundial. Isso porque os navios, portos e cargas serão mantidos pela empresa, após um acordo da ONU entre a Turquia, Rússia e Ucrânia, que assinaram o documento para reabrir os três portos do Mar Negro localizados na região de Odessa.

A situação foi parcialmente resolvida após um acordo no mercado segurador de Londres, em uma operação montada pela seguradora britânica Ascot, através da Lloyd ‘s, e pela corretora Marsh. A situação é uma forma de pacificar a situação da região enquanto outras medidas não são tomadas.

A seguradora Ascot fornecerá cobertura até 49 milhões de euros devido aos danos aos cereais que cada navio transporta. A empresa se apoiou no protocolo “de carga e guerra marinha”. Dessa forma, qualquer dano nos próprios navios, tais como um ataque de míssil russo ou até uma mina marítima, será coberto por uma apólice de seguro distinta, em uma operação que ainda está em fase de planejamento, segundo um porta-voz da Ascot.

Turque prevê a saída do primeiro navio

Essa situação confirma que não somente Lloyd’s e Marsh irão retomrar as operações no Mar Negro, mas outros armadores e seguradoras também. Conforme Neil Roberts, responsável pela área de marinha e aviação da Lloyd’s, algumas entidades abandonaram a região, ou pelo menos tiveram sua ação limitada devido a algumas restrições de resseguro. Entretanto, houve um grande apoio a esta iniciativa entre especialistas em seguros, especialmente por se tratar de uma operação claramente humanitária.

— ARTIGO CONTINUA ABAIXO —

Antes do ataque invasivo pela Rússia, a Ucrânia exportava entre 5 a 6 milhões de toneladas de cereais por mês. Entretanto, atualmente o país consegue escoar cerca de 1 a 1,5 milhão de toneladas por mês, tudo através dos portos do rio Danúbio. Atualmente, estima-se que 22 milhões de toneladas de cereais mantidos presos na Ucrânia aguardam exportação. Neste contexto, o presidente ucraniano Zelensky, já afirmou que você pode aumentar para 75 milhões de toneladas, logo após a colheita atual de 2022.

Leia mais: A empresa NORSUL de transporte marítimo e multimodal abriu dezenas de vagas de emprego. Não perca tempo e veja aqui mais sobre as vagas.

Turquia abre centro de monitorização das exportações de cereais

Turquia abre centro de monitorização da exportação de cereais pelo Mar Negro (Canal: Euronews)

Lloyd’s e Marsh visam prêmio que seguro valorizado após a guerra

Atualmente, pode-se perceber que os prêmios de seguros para navios que atuam na área do Mar Negro estão infinitas vezes mais elevados do que estavam antes do inicio da guerra. Dessa forma, algumas estimativas apontam que os prêmios aumentaram de média de 0,025% do valor de cada navio, para cerca de 5% por cada embarcação, o que configura um custo 200 vezes superior ao inicial.

Em suma, um navio graneleiro pode atingir valores entre 20 e 60 milhões de dólares, enquanto navega com uma tripulação entre 20 a 30 pessoas. A situação confere um risco que as seguradoras terão de suportar. Muito além dos marítimos, outra situação preocupa o setor: os trabalhadores dos portos de Yuzhne, Odessa e Chornomorsk, que foram responsáveis por escoar 65% das exportações ucranianas de cereais nos últimos cinco anos.

Entretanto, a possibilidade do fornecimento de seguro, assim como o acordo geral de exportação, ainda correm o risco de fracassar, especialmente por conta da contínua agressão da Rússia à Ucrânia, conforme fala de Bruce Carnegie-Brown, Chairman da Lloyd’s. Segunro Carnegie-Brown, Lloyd’s e Marsh poderão lidar com as minas platandas no Mar Negro, porém, não conseguiram lidar com as violações séries do acordo.

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Bruno Teles

Bruno é aficionado por tudo que envolva assunto naval e seu ofício é entregar informações completas e precisas.

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