As pontes nos Estados Unidos podem ser locais de novos acidentes no futuro
Um ano após o colapso da ponte Francis Scott Key, em Baltimore, os Estados Unidos enfrentam um novo alerta. Um estudo da Universidade Johns Hopkins indica que acidentes semelhantes podem voltar a acontecer — e com mais frequência do que se imaginava.
Navios maiores, riscos maiores
O crescimento no tamanho dos navios e no tráfego marítimo aumentou o risco de colisões com pontes. O estudo mostra que várias estruturas importantes estão vulneráveis. A Ponte Huey P. Long, perto de Nova Orleans, e a Ponte da Baía de São Francisco-Oakland lideram a lista. Elas têm uma chance de colisão a cada duas décadas.
Segundo Michael Shields, professor de engenharia civil e líder da pesquisa, o país subestimou esse perigo. “A Key Bridge não foi um caso isolado. Isso pode acontecer de novo. É preciso agir logo”, afirmou.
-
Titanic e Britannic: como as tragédias dos icônicos navios mudaram a engenharia naval para sempre
-
Doze tripulantes resgatados de navio cargueiro em chamas
-
Tragédia no mar! Naufrágio de navio com imigrantes na Itália deixa seis mortos e 40 desaparecidos
-
Autoridades confirmaram que, apesar da gravidade do acidente envolvendo um navio na Grã-Bretanha, apenas um tanque de combustível de aviação foi afetado
Desastre que poderia ter sido evitado
As conclusões reforçam uma atualização recente do National Transportation Safety Board. O órgão federal criticou autoridades de Maryland por ignorarem o risco. A ponte de Baltimore era 30 vezes mais vulnerável do que o padrão aceitável.
Em 26 de março de 2024, o cargueiro MV Dali perdeu energia e colidiu com um pilar da Key Bridge. A estrutura desabou, seis trabalhadores morreram e o Porto de Baltimore foi fechado temporariamente.
Sete pontes em alerta
O estudo identificou sete pontes com risco elevado de colisão nos próximos 50 anos. Entre elas estão a Crescent City Connection (34 anos), em Nova Orleans, e a Ponte Beltway 8 (35 anos), em Houston.
A pesquisa foi financiada pela National Science Foundation e mostra: o risco é real — e precisa ser enfrentado agora.