As iniciativas do pré-sal receberão a maior parcela do orçamento da Petrobras de 2023 a 2027 e, ao final desse período, terão contribuído para a geração de 78% da produção da empresa.
Os US$ 78 bilhões que a Petrobras planeja investir entre 2023 e 2027 representam um aumento de quase 15% em relação aos US$ 63 bilhões que a empresa pretendia gastar entre 2022 e 2026.
Em 1º de dezembro, no webcast de briefings com investidores para o Dia da Petrobras, os principais executivos discutiram a estratégia de longo prazo da empresa para os anos 2023-2027.
Os gastos com E&P receberão US$ 64 bilhões (ou 83%) do orçamento total de investimentos de US$ 78 bilhões. As operações do pré-sal, que devem representar 78% da produção total da Petrobras até o final de 2027, receberão cerca de 67% do orçamento de gastos com E&P.
Refino, gás e eletricidade recebem 12% do capex restante, enquanto o corporativo recebe 3% (incluindo dinheiro para iniciativas de transformação digital) e comércio e logística recebe 2%. De acordo com a Petrobras, a corporação planeja gastar quase US$ 20 bilhões no afretamento de plataformas adicionais, além dos US$ 78 bilhões em capex.
Vice-presidente Executivo, Petrobras Fernando Borges
O Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, discursou para o público da Rio Oil & Gas.
Rodrigo Araujo Alves, CFO e chefe de RI da Petrobras, disse que a operadora prometeu uma quantia específica de dispêndio de capital nos próximos três anos para garantir a entrega pontual do projeto. Segundo ele, a Petrobras se comprometeu a gastar 95% de seu orçamento de investimentos em 2023, 90% de seu orçamento em 2024 e 80% de seu orçamento em 2025.
Plano responsável de gastos de capital que pode ser financiado de forma independente e pode suportar condições adversas, acrescentou.
O preço de $ 55/bbl do petróleo é o “caso base” da Petrobras, enquanto o preço de $ 35/bbl representa um “caso de estresse”.
Por enquanto, de acordo com Fernando Borges, diretor de exploração e produção da Petrobras, o preço de equilíbrio da empresa para seus projetos ainda é de cerca de US$ 20/bbl.
O diretor de desenvolvimento de produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen, anunciou a intenção da empresa de comissionar 18 FPSOs adicionais ao longo dos próximos cinco anos.
Metade as plataformas que serão produzidas no mundo nos próximos cinco anos são FPSOs, acrescentou, totalizando 18. “Com toda a franqueza, não temos dúvidas sobre nossa capacidade de fazer grandes coisas nesse caminho. Este é um projeto de construção extremamente difícil, mas estamos confiantes no sucesso final destes apartamentos”, conclui.
Prospecção do Pré-Sal
A maioria dos 18 FPSOs programados para construção entre 2023 e 2027 são para projetos do pré-sal, com apenas quatro programados para empreendimentos do pós-sal. Onze desses FPSOs serão afretados, enquanto a Petrobras será proprietária e administradora de seis deles.
A Petrobras prevê que 70% ou mais de sua produção será proveniente de depósitos do pré-sal, portanto, esta área receberá a maior parte das operações de exploração e produção da empresa.
Além disso, a Petrobras destinou cerca de US$ 6 bilhões para gastos exploratórios com o objetivo de descobrir novas fronteiras de petróleo e gás. Desse total, cerca de US$ 3 bilhões serão destinados à Margem Equatorial.
Produção na Petrobras de 2023 a 2027
Entre 2023 e 2027, a Petrobras espera que a produção de petróleo e gás aumente, com os esforços de exploração e produção (E&P) concentrados nas águas profundas e ultraprofundas do Brasil. Ao final dos cinco anos, a produção do pré-sal terá atingido 78% do total da empresa. A petroleira Petrobras é a fonte.
Borges acrescentou: “Os projetos no Suriname e na Guiana destacam o excelente potencial dos ativos na Margem Equatorial, que agora estão em fase exploratória”. Porém, antes de realizar nosso programa exploratório, não podemos prever a fase de investimento, produção ou desenvolvimento.
Ele disse que após o negócio receber a licença ambiental para o potencial Amapá em águas profundas, a perfuração começará neste mês, o primeiro dos 16 poços exploratórios planejados na Margem Equatorial.
João Henrique Rittershaussen, diretor de desenvolvimento de produção da Petrobras, disse que a empresa aumentou seu orçamento para esforços de descomissionamento de US$ 1 bilhão no plano quinquenal anterior (que decorreu de 2022-2026) para US$ 1,5 bilhão no plano atual.
Ele disse que isso se deve em parte ao fato de que mais plataformas, linhas e poços teriam que ser fechados entre 2023 e 2027 do que no período anterior.
A desmontagem é uma competência central da nossa empresa. Encontramos o petróleo, extraímos o petróleo e depois temos que descomissionar o campo de petróleo”, afirmou.