Acidentes marítimos podem gerar grandes preocupações ambientais, mas nem sempre causam desastres severos. No recente incidente com um navio na Grã-Bretanha, apenas um tanque de combustível de aviação foi danificado, reduzindo os riscos e facilitando as operações de contenção.
Um acidente envolvendo um petroleiro contratado pelos militares dos Estados Unidos deixou somente um tanque danificado na costa nordeste da Inglaterra.
O navio, chamado Stena Immaculate, transportava combustível de aviação quando foi atingido pelo cargueiro Solong, de bandeira portuguesa.
O que aconteceu?
No dia 10 de março, o petroleiro Stena Immaculate estava ancorado em Humberside quando ocorreu a colisão com o navio Solong.
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O choque provocou incêndios e explosões no local, gerando preocupações imediatas sobre possíveis vazamentos e contaminação.
A Crowley, empresa americana responsável pela logística do petroleiro, informou neste domingo que apenas um tanque de combustível Jet-A1 foi realmente afetado pelo acidente. A confirmação veio após avaliação feita por uma equipe de salvamento contratada pela própria Crowley.
Pouca carga foi perdida
O petroleiro levava cerca de 220 mil barris de combustível de aviação. Após o acidente, ficou constatado que aproximadamente 17.515 barris vazaram. Esse volume corresponde a menos de 10% da carga total que estava a bordo.
Inicialmente, houve informações conflitantes sobre quantos tanques estavam presentes no navio. A Crowley havia dito que o Stena Immaculate tinha 16 tanques, mas posteriormente a proprietária, Stena Bulk, esclareceu que eram, na verdade, 18.
Efeitos ambientais
Além do vazamento do combustível, pequenas partículas plásticas, conhecidas como nurdles, foram identificadas no mar perto do local do acidente. Apesar de não serem tóxicas para seres humanos, essas partículas podem ser perigosas para animais marinhos se forem ingeridas.
Segundo a guarda costeira britânica, equipes já começaram a limpeza para minimizar o impacto dessas substâncias no ambiente local.
Situação sob controle
Autoridades confirmaram, nesta segunda-feira, que a situação dos dois navios estável. Pequenos focos de incêndio no Solong continuam surgindo periodicamente, mas sem maiores preocupações.
A Crowley também destacou a rápida ação da tripulação do petroleiro em ativar os sistemas de combate a incêndios antes de deixar o navio. Essa atitude foi importante para controlar rapidamente a situação e evitar que o dano se espalhasse ainda mais.
Acusação contra o capitão
Como consequência da colisão, o capitão do navio Solong, o russo Vladimir Motin, foi acusado de homicídio culposo por negligência grave. Isso porque um tripulante filipino do Solong, identificado como Mark Angelo Pernia, morreu em decorrência do acidente.
Motin foi levado ao Tribunal de Magistrados de Hull no sábado. Ele não solicitou fiança e continuará preso até o próximo julgamento, que ocorrerá em Londres, no dia 14 de abril.