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Militares da Marinha do Brasil participam de treinamento extremo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/03/2025 às 17:09
Militares da Marinha do Brasil treinam com a Guarda Costeira dos EUA para operar novas lanchas LSAR, aprimorando o resgate marítimo em condições extremas.
Foto: Canva

Militares da Marinha do Brasil treinam com a Guarda Costeira dos EUA para operar novas lanchas LSAR, aprimorando o resgate marítimo em condições extremas.

Em um cenário de mar revolto, com ondas de até quatro metros e ventos cortantes de 74 km/h, militares da Marinha do Brasil participaram de um rigoroso treinamento com a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

O curso de “Operações de Busca e Salvamento” (SAR) foi realizado entre os dias 10 e 21 de março, na National Motor Lifeboat School, em Ilwaco, estado de Washington (EUA), e teve como objetivo: capacitar os militares brasileiros para a operação das novas lanchas LSAR, que serão incorporadas à frota da Marinha do Brasil a partir de novembro.

Treinamento intenso e condições adversas

Durante o curso, os militares da Marinha do Brasil enfrentaram condições extremas ao lado da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

As simulações de resgate foram realizadas em mar aberto, desafiando não apenas a técnica, mas também a resistência física e psicológica dos participantes.

Treinamento dos militares
Fonte: Agência Marinha de Notícias

Enfrentando temperaturas próximas de 0 ºC, chuvas constantes e mar agitado, os militares aprimoraram suas habilidades operacionais para garantir resgates eficientes mesmo nas piores situações.

O treinamento reforça a importância do intercâmbio entre a Marinha do Brasil e a Guarda Costeira dos Estados Unidos, permitindo que os militares brasileiros adquiram experiência com padrões internacionais e tecnologia de ponta.

A chegada das novas lanchas LSAR

As Lanchas de Busca e Salvamento (LSAR), modelo DAMEN 1605 SAR, representam um avanço significativo para a Marinha do Brasil.

Com 16 metros de comprimento, essas embarcações possuem capacidade para seis tripulantes e até 20 náufragos, sendo projetadas para operar em condições climáticas adversas.

Dotadas de tecnologia de autoendireitamento, as LSAR conseguem retornar automaticamente à posição normal após um possível emborcamento.

O treinamento com a Guarda Costeira dos Estados Unidos tem papel fundamental na preparação dos militares da Marinha do Brasil para a operação dessas embarcações.

A experiência adquirida será aplicada no Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML), onde serão realizados cursos específicos para padronizar as técnicas de busca e salvamento.

Impacto no sistema de busca e salvamento da Marinha do Brasil

A incorporação das LSAR promete revolucionar a resposta emergencial no mar. Atualmente, as operações de busca e salvamento no Brasil são conduzidas por navios de médio e grande porte, cuja manutenção e logística são mais onerosas.

Com as novas lanchas, a Marinha do Brasil poderá mobilizar embarcações menores e mais rápidas, reduzindo significativamente o tempo de resposta em situações de emergência.

O SALVAMAR, serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil, será um dos grandes beneficiados pela nova estratégia operacional.

Com a chegada das LSAR, as ações de resgate serão mais ágeis e eficazes, aumentando as chances de salvar vidas no mar.

Lancha de Busca e Salvamento (LSAR), modelo DAMEN 1605 SAR
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Lancha de Busca e Salvamento (LSAR), modelo DAMEN 1605 SAR Fonte: Agência Marinha de Notícias

Cooperação internacional e fortalecimento da defesa

A parceria entre a Marinha do Brasil e a Guarda Costeira dos Estados Unidos simboliza um fortalecimento das relações institucionais entre os dois países no campo da defesa e da segurança marítima.

O compartilhamento de técnicas, experiências e conhecimento operacional reforça a doutrina naval brasileira e amplia as perspectivas para futuros treinamentos conjuntos.

Segundo o Capitão-Tenente Leonardo Gama Macedo, que participou do treinamento, “ter operado com a Guarda Costeira dos EUA nos deu a certeza de que somos capazes de enfrentar qualquer situação no Brasil, pois vimos que é possível realizar um resgate mesmo nas piores condições”.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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