A Shell anuncia a aprovação da decisão final de investimento para o desenvolvimento do campo de Gato do Mato, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. A expectativa é que a unidade entre em operação em 2029.
A Shell anunciou, nesta sexta-feira, a aprovação da decisão final de investimento para o desenvolvimento do campo de Gato do Mato, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto inclui a contratação de um navio-plataforma (FPSO), que será responsável por produzir, armazenar e transferir o óleo extraído para navios aliviadores. A embarcação será fornecida pela japonesa Modec, uma das principais fabricantes de FPSOs do mundo.
O navio-plataforma, que terá capacidade para produzir 120 mil barris de petróleo por dia (bpd), marca a entrada da Shell como operadora de FPSO no pré-sal da Bacia de Santos. A expectativa é que a unidade entre em operação em 2029, reforçando a presença da companhia no setor de petróleo e gás no Brasil.
Gato do Mato: nova frente no pré-sal brasileiro
O campo de Gato do Mato, que tem reservas estimadas em 370 milhões de barris de petróleo, é um dos ativos estratégicos da Shell no país. A empresa é a operadora do projeto e detém 50% de participação. O restante do consórcio é composto pelas empresas:
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- Ecopetrol (30%)
- TotalEnergies (20%)
- PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.) (10%)
A produção no campo será iniciada com a reinjeção do gás associado ao petróleo, uma prática comum em áreas do pré-sal. No entanto, a Shell já estuda formas de viabilizar, no futuro, o escoamento do gás natural até a costa brasileira, ampliando a contribuição energética do projeto.
FPSO da Modec será a segunda unidade da Shell no Brasil
O novo FPSO da Shell será fornecido pela Modec, empresa japonesa com histórico de atuação no Brasil, especialmente em parceria com a Petrobras. A unidade será o segundo navio-plataforma da Shell como operadora no país. O primeiro foi instalado na Bacia de Campos, onde opera desde 2009.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil conta atualmente com 46 unidades FPSO em operação. Esse modelo de embarcação tem sido amplamente utilizado para viabilizar a exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, como ocorre no pré-sal da Bacia de Santos.
Shell reforça posição como segunda maior produtora do Brasil
A Shell é atualmente a segunda maior produtora de petróleo do Brasil, com uma média de mais de 400 mil barris por dia, ficando atrás apenas da Petrobras. A empresa, que atua no Brasil há 111 anos, tem ampliado sua presença no pré-sal, operando sozinha ou em consórcios com outras companhias.
O novo investimento no campo de Gato do Mato reforça a estratégia da Shell de manter sua produção estável no segmento de upstream (exploração e produção), ao mesmo tempo em que contribui para o fornecimento global de energia. A empresa afirmou que o projeto está alinhado ao compromisso de atender à demanda energética mundial de forma eficiente e sustentável.
Investimento bilionário e importância para o setor energético
Embora a Shell não tenha divulgado o valor exato do investimento para trazer o FPSO ao litoral do Rio de Janeiro, fontes próximas ao projeto indicam que a cifra é bilionária. O projeto é considerado um dos maiores empreendimentos da companhia no país nos últimos anos.
De acordo com Zoë Yujnovich, diretora de Integração de Gás e Upstream da Shell, “o projeto contribui para manter a produção estável de líquidos do nosso vantajoso negócio upstream e expande nossa liderança como o maior produtor estrangeiro no Brasil”.
Avanço da Shell no pré-sal da Bacia de Santos
O pré-sal da Bacia de Santos tem se consolidado como uma das regiões mais produtivas e promissoras para o setor de petróleo e gás no Brasil. A chegada do novo navio-plataforma da Shell reforça esse movimento e amplia a capacidade produtiva do país.
Além de gerar empregos e movimentar a cadeia de fornecimento de bens e serviços, o projeto também representa avanços tecnológicos na forma como o petróleo é extraído e processado em águas profundas. O uso de FPSOs permite maior flexibilidade operacional e menor impacto ambiental, características valorizadas em projetos offshore modernos.